A Federação Única dos Petroleiros (FUP) e seus 14 sindicatos filiados em todo o país faz crítica contundente à Petrobrás pelo pagamento de altíssimos dividendos para acionistas e corte de gastos com os trabalhadores, com demissões de terceirizados, falta de uma solução definitiva para os equacionamentos da Petros e dificuldades na mesa de negociação do acordo coletivo de trabalho (ACT), por conta da ladainha momentânea da queda do preço do barril de petróleo.
A declaração é do coordenador-geral da FUP, Deyvid Bacelar, sobre os resultados do terceiro trimestre de 2025 da Petrobrás divulgados pela empresa na noite de quinta-feira, 6. No período, a companhia registrou lucro líquido de R$ 32,7 bilhões (US$ 6 bilhões), com alta de 23% em comparação com o segundo trimestre deste ano e aprovou, para o período, R$ 12,16 bilhões em dividendos. No acumulado do ano, os dividendos chegam a R$ 32,6 bilhões representando 34,5 % do lucro líquido no mesmo período.
“É inadmissível a manutenção de uma política de distribuição de altíssimos dividendos da Petrobrás, a maior parte para estrangeiros. Enquanto isso, a empresa faz corte de gastos com trabalhador por conta de alegada austeridade, e endurece nas negociações de um acordo coletivo digno”, ressalta Bacelar.