Um investimento de US$ 80 bilhões sela a aliança entre o átomo e o algoritmo, marcando a tentativa dos EUA de dominar o futuro energético e tecnológico do planeta
Em um movimento histórico que promete redefinir o futuro da tecnologia e da matriz energética americana, o governo dos Estados Unidos anunciou nesta terça-feira um acordo de US$ 80 bilhões para expandir a geração de energia nuclear, com foco no abastecimento das crescentes demandas do setor de inteligência artificial (IA).
O anúncio foi feito pela Westinghouse, gigante do setor nuclear, que confirmou a criação de uma “parceria estratégica” entre o governo Trump, a Brookfield Asset Management e a Cameco, controladora da própria Westinghouse. O objetivo é “acelerar a implantação de energia nuclear e inteligência artificial nos Estados Unidos”, segundo comunicado oficial da empresa.
Embora ainda não haja data exata para o início das operações dos novos reatores, um porta-voz da companhia revelou que o projeto está alinhado com a ordem executiva assinada por Donald Trump em maio, que determina a construção de dez grandes reatores totalmente projetados até 2030.
De acordo com a Westinghouse, o governo norte-americano financiará o projeto, considerado o maior investimento de Washington em energia nuclear desde o retorno de Trump à Casa Branca, em janeiro deste ano. A iniciativa reforça a meta de modernizar o parque energético do país, garantindo autonomia e força industrial diante da corrida global por avanços em IA.
Empresas de tecnologia como Google e Microsoft também vêm apostando em soluções nucleares para suprir a imensa demanda energética gerada pelos sistemas de inteligência artificial. O consumo elétrico dessas plataformas, que dependem de data centers de alta capacidade, tem pressionado governos e companhias a buscar fontes limpas e estáveis de energia.
Para o Secretário de Energia dos Estados Unidos, Chris Wright, o investimento representa mais do que uma política energética: é um passo estratégico para o futuro. “A iniciativa ajudará a concretizar a grande visão do Presidente Trump de energizar plenamente os Estados Unidos e vencer a corrida global na inteligência artificial”, afirmou. “O Presidente Trump prometeu um renascimento da energia nuclear, e agora está cumprindo a promessa”, completou.
O acordo de US$ 80 bilhões é visto como um divisor de águas na transição energética e tecnológica dos Estados Unidos. Ao unir inovação, segurança e independência energética, o país busca garantir liderança mundial tanto na produção sustentável de energia quanto no desenvolvimento de tecnologias de ponta baseadas em IA — um movimento que pode redefinir o equilíbrio de poder no cenário global nas próximas décadas.