A projeção da inflação para 2025 caiu pela primeira vez para abaixo do teto da meta oficial, segundo o Boletim Focus do Banco Central divulgado nesta segunda-feira (17). A estimativa para o IPCA recuou de 4,55% para 4,46%.
Esse novo valor está dentro do limite de tolerância definido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que fixa a meta central em 3%, com variação permitida entre 1,5% e 4,5%.
De acordo com a pesquisa, as expectativas para os próximos anos permaneceram estáveis: o mercado projeta inflação de 4,20% para 2026 e de 3,80% para 2027.
A queda nas projeções está ligada, entre outras razões, ao recuo da conta de luz, que pesou para uma inflação mais branda em outubro. Segundo dados do IBGE citados pelo mercado, o IPCA de outubro registrou alta de apenas 0,09%, marca mais baixa para o mês desde 1998.
Essa revisão para baixo renova a perspectiva de alívio para a política monetária. No entanto, as projeções para a taxa Selic, principal instrumento do Banco Central para controlar a inflação, seguem altas: o mercado estima que a taxa fique em 15% ao ano para 2025, recuando para 12,25% em 2026 e 10,50% em 2027.
A nova expectativa de inflação também tem impacto sobre o crescimento econômico. No Boletim Focus, a previsão para o PIB em 2025 se manteve em 2,16%, segundo os economistas consultados.