O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou, em vídeo divulgado neste sábado (22) pela Seape-DF (Secretaria de Administração Penitenciária), que não chegou a romper a pulseira da tornozeleira eletrônica que utilizava, ainda que tenha admitido ter queimado o equipamento com um ferro de solda. A gravação foi anexada ao processo que levou o ministro Alexandre de Moraes, do STF, a decretar sua prisão preventiva.
As imagens mostram Bolsonaro sendo questionado por uma agente sobre possíveis tentativas de violar o dispositivo. “Você já tentou puxar a pulseira também?”, pergunta ela. O ex-presidente nega: “Não rompi a pulseira, não. Fica tranquila aí.” Em outro momento, Bolsonaro afirma que realizou o procedimento por “curiosidade”.
Segundo relatório encaminhado a Moraes, Bolsonaro tentou abrir a tornozeleira usando um ferro de solda. Após a constatação de danos no equipamento, agentes responsáveis pelo monitoramento foram até sua residência e realizaram a troca do dispositivo.
O episódio ocorreu enquanto Bolsonaro cumpria prisão domiciliar desde agosto. Após ser levado à Polícia Federal neste sábado, a tornozeleira foi retirada. Ele permanece em uma sala especial dentro da corporação, equipada com cama, ar-condicionado, frigobar e televisão.