Lula consolida liderança em nova pesquisa CNT/MDA para eleições de 2026

24.11.2025 – Cerimônia de outorga do título de Doutor Honoris Causa em Ciência Política, Desenvolvimento e Cooperação Internacional pela Universidade Pedagógica de Maputo Presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, durante a cerimônia de outorga do título de Doutor Honoris Causa em Ciência Política, Desenvolvimento e Cooperação Internacional pela Universidade Pedagógica de Maputo. Centro Internacional de Conferências Joaquim Chissano – Maputo (Moçambique). Foto: Ricardo Stuckert / PR

A nova pesquisa CNT-MDA, uma das mais tradicionais do Brasil, traz excelentes números para o presidente Lula e um alerta para a oposição.

O crescimento de Lula na pesquisa espontânea é robusto. O presidente mostra uma força que não se via em outros levantamentos, enquanto o único outro nome com pontuação relevante, Jair Bolsonaro, está em declínio e inelegível.

É um dado importante, pois no ano anterior à eleição de 2018, Bolsonaro já pontuava bem na espontânea. Hoje, não há nenhum novo candidato com esse tipo de tração, indicando que qualquer nome da direita dependerá do apoio de Bolsonaro.

Isso se torna um problema considerável, dado que a rejeição ao ex-presidente é altíssima, chegando a 61% entre os que o conhecem. Esse fator limita o potencial de transferência de votos e impõe um teto a qualquer aliado.

Na intenção de voto espontânea, Lula saltou de 23% em junho para 32% agora. Jair Bolsonaro, que vinha segurando um patamar de 20-21% ao longo do ano, caiu para 17%.

A alta rejeição da família Bolsonaro é um fator crucial, com Jair Bolsonaro atingindo 61% e Eduardo Bolsonaro 67% entre os que os conhecem.

No primeiro cenário estimulado, com Jair Bolsonaro, Lula cresceu para 39%, enquanto o ex-presidente caiu para 27%.

No segundo cenário, contra Tarcísio de Freitas, Lula também se fortaleceu, chegando a 42% e abrindo uma vantagem de 20 pontos.

Num segundo turno hipotético, Lula venceria Bolsonaro na maioria dos estratos. Bolsonaro só ganharia entre eleitores de renda mais alta, no Sul e entre evangélicos.

Dados positivos incluem o apoio à COP30, considerada importante por 44% dos entrevistados, e a percepção de que os estudos climáticos são um problema real, compartilhada por 63%.

A percepção sobre a segurança pública, um ponto tradicionalmente explorado pela oposição, mostra melhora. A expectativa de que a segurança vai melhorar (30%) superou a de que vai piorar (25%).

Um dado promissor para a frente democrática: 56% dos entrevistados pretendem votar em novos nomes, sinalizando um desejo de renovação política.

A aprovação pessoal do presidente Lula também mostra uma trajetória de alta, passando de 40% em fevereiro para 48% em novembro.

A avaliação do governo federal também melhorou significativamente. A avaliação positiva (ótimo e bom) cresceu de 29% em junho para 34% agora, enquanto a avaliação negativa caiu de 44% para 36%.

Em contraste, o Congresso Nacional é mal avaliado, com 41% dizendo que a instituição mais atrapalha do que ajuda o país.

Baixe aqui a íntegra do relatório!

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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