A bolsa brasileira encerrou novembro em forte alta e voltou a bater recorde histórico. O Ibovespa subiu 0,45% nesta sexta-feira (28), fechando aos 159.072 pontos, segundo a Agência Brasil, com dados complementares da Reuters. É o maior patamar já registrado, e a segunda vez na semana que o índice marca novo topo.
Com o avanço, o Ibovespa acumulou alta de 6,37% no mês, o melhor desempenho desde agosto de 2024. No ano, o índice já sobe 32,25%, impulsionado pela entrada de capital estrangeiro e pelo otimismo com o cenário doméstico.
Petrobras cai, mas bancos e commodities puxam a bolsa
Mesmo com a queda das ações da Petrobras, o mercado manteve a trajetória de alta. A estatal revisou para baixo sua projeção de investimentos até 2030, o que pressionou os papéis:
Petrobras ON: -2,45%
Petrobras PN: -1,88%
A queda, no entanto, foi compensada pela valorização de bancos, mineradoras e exportadoras de commodities, setores favorecidos pelo fluxo global para mercados emergentes.
Analistas ouvidos pela Reuters afirmam que a busca por ativos de risco em países em desenvolvimento tem sustentado o movimento, mesmo em dias de agenda esvaziada em Nova York, como ocorre no feriado de Ação de Graças.
Dólar fecha em baixa e amplia perdas no ano
O dólar comercial caiu 0,31%, encerrando o pregão a R$ 5,335. A moeda chegou a tocar R$ 5,32 de manhã, oscilou ao redor de R$ 5,34 durante a tarde e perdeu força nas últimas horas de negociação.
Desempenho do dólar:
Queda de 0,82% em novembro
Desvalorização acumulada de 13,67% em 2025
De acordo com a Reuters, a combinação de pregão reduzido nos EUA e forte entrada de capital estrangeiro no Brasil contribuiu para a queda da moeda americana.
Investidores também monitoraram a formação da Ptax, taxa de câmbio usada para corrigir contratos e parte da dívida pública. A disputa típica de fim de mês adicionou volatilidade ao mercado.
Desemprego em queda reforça apetite por risco
O clima positivo no mercado doméstico ganhou impulso adicional após o IBGE divulgar que a taxa de desemprego caiu para 5,4% no trimestre encerrado em outubro. É o menor valor desde o início da série histórica da PNAD Contínua, iniciada em 2012.
O dado foi interpretado como sinal de força da atividade econômica, aumentando a confiança de investidores e reforçando o fluxo para ativos brasileiros.