Donald Trump confirmou neste domingo (30) que falou ao telefone com Nicolás Maduro, reacendendo especulações sobre um possível encontro entre os dois líderes e trazendo novas camadas ao já delicado cenário militar e diplomático envolvendo Washington e Caracas.
A revelação partiu do New York Times, que informou que a conversa ocorreu no fim de semana anterior. Questionado durante voo no Air Force One, Trump admitiu a ligação, mas evitou qualquer detalhe:
“Não quero comentar sobre isso. A resposta é sim”, disse o presidente. “Não diria que foi boa nem ruim. Foi uma ligação telefônica”, completou. Segundo fontes ouvidas pelo NYT, Trump e Maduro discutiram a possibilidade de um encontro nos Estados Unidos, embora nenhuma agenda tenha sido acertada.
A conversa antecedeu a entrada em vigor da medida do Departamento de Estado que classificou o Cartel de Los Soles como organização terrorista estrangeira. Os EUA acusam Maduro de liderar o grupo criminoso.
Paralelamente, o presidente venezuelano reafirmou estar pronto para um encontro “cara a cara” com Trump. O republicano, porém, pediu cautela quando pressionado sobre a possibilidade de ações militares iminentes: “Não tire conclusões sobre isso.”
Fontes do alto escalão afirmaram, sob anonimato, que o narcotráfico não é o único objetivo da operação. A remoção de Maduro do poder estaria no horizonte — ainda que não oficialmente declarada.
Na quinta-feira (27), Trump antecipou que uma ofensiva terrestre no território venezuelano deve ocorrer “muito em breve”, sem detalhar o plano. Reportagens recentes indicam que a Casa Branca avalia diferentes alternativas militares para o território da Venezuela.
O governo venezuelano voltou a acusar Washington de perseguir uma mudança de regime e classificou como “ridícula” a designação do Cartel de Los Soles como grupo terrorista. Maduro nega qualquer ligação com a organização criminosa.