OCDE dispara para 5% a projeção de crescimento do PIB da China em 2025 e amplia tensão no Ocidente

REPRODUÇÃO

A Organização para Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) elevou nesta terça-feira sua previsão de crescimento do PIB da China para 2025, passando de 4,9% para 5%, alta de 0,1 ponto percentual em relação ao relatório divulgado em setembro. A informação foi publicada pelo jornal Diário do Povo e reforça a leitura de que a economia chinesa mantém ritmo sólido de expansão, amparada por políticas públicas de estímulo ao consumo e à renda.

Segundo o relatório, a China registrou crescimento anual de 5,2% nos três primeiros trimestres de 2025, impulsionado principalmente pelos programas de renovação de bens duráveis, que estimularam a compra de automóveis, eletrodomésticos e eletrônicos. A estratégia tem sido considerada um dos pilares do fortalecimento da demanda interna.


Política fiscal expansionista sustenta recuperação e reforça expectativas internacionais

A OCDE destacou que a política fiscal chinesa permaneceu expansionista ao longo de 2025, com novas medidas de incentivo à renda das famílias, projetos de renovação urbana e investimentos em infraestrutura produtiva. O organismo avalia que o conjunto dessas iniciativas tem ajudado a preservar a resiliência da economia, mesmo diante das incertezas globais relacionadas à desaceleração industrial e às tensões comerciais.

O otimismo da OCDE acompanha revisões positivas feitas por instituições financeiras internacionais, que também elevaram suas projeções diante dos resultados recentes e da expectativa de continuidade das reformas estruturais.


Standard Chartered e Goldman Sachs revisam projeções para cima

Entre os bancos que atualizaram suas previsões, o Standard Chartered revisou o crescimento esperado para a economia chinesa em 2026, passando de 4,3% para 4,6%. O banco destacou como fatores decisivos os ganhos de produtividade total dos fatores (TFP) e a manutenção da força das exportações.

Em nota enviada ao Global Times, analistas do banco afirmaram: “Esperamos que as exportações continuem resilientes e que as políticas sigam apoiando a demanda doméstica, especialmente o consumo.” A instituição acrescentou que o avanço em inteligência artificial deve continuar impulsionando a produtividade nos próximos anos.

O Goldman Sachs também elevou suas projeções. A estimativa para o crescimento real do PIB da China em 2025 passou de 4,9% para 5,0%, enquanto para 2026 subiu de 4,3% para 4,8%. Já para 2027, o banco revisou de 4,0% para 4,7%, apontando melhora no ambiente de negócios, maior estabilidade regulatória e tendência de recuperação industrial.


Confiança global reflete percepção de fundamentos sólidos

Especialistas consultados pela imprensa chinesa afirmam que as revisões positivas mostram que instituições globais reconhecem a capacidade de adaptação da economia chinesa diante de desafios externos. Segundo Hu Qimu, vice-secretário-geral do Fórum 50 para Integração das Economias Digital e Real, “as grandes instituições financeiras estrangeiras têm entendimento profundo das vantagens institucionais da China, de seu vasto mercado e de seus fundamentos sólidos. Suas expectativas positivas destacam a confiança no desenvolvimento de alta qualidade do país.”

No mercado de capitais, o ambiente também é considerado favorável. O estrategista de ações Meng Lei, da UBS Securities, afirmou que a combinação de aumento do PIB nominal, crescimento das receitas empresariais e melhora das margens de lucro deve elevar a expansão dos ganhos corporativos na China em 2026, passando de 6% para 8%.


Indicadores internos mostram tendência consistente de recuperação

Dados recentes reforçam o cenário de recuperação. O índice de gerentes de compras (PMI) da manufatura atingiu 49,2 pontos em novembro, alta de 0,2 ponto em relação ao mês anterior. Embora ainda abaixo de 50, o indicador mostra desaceleração mais moderada da indústria e aponta para estabilização gradual da produção.

Além disso, o quarto plenário do 20º Comitê Central do Partido Comunista da China, realizado em outubro, traçou diretrizes para o desenvolvimento econômico e social entre 2026 e 2030. O documento prevê avanços em inovação tecnológica, modernização industrial e fortalecimento da economia real, com o objetivo de sustentar o crescimento de alta qualidade.


China consolida papel como motor da economia global

Durante a execução do 14º Plano Quinquenal (2021-2025), a China respondeu por cerca de 30% do crescimento global, consolidando-se como principal motor da economia mundial. Analistas esperam que o país mantenha esse papel nos próximos cinco anos, especialmente com o início do 15º Plano Quinquenal, em 2026.

A economista Wan Zhe, professora da Belt and Road School da Universidade Normal de Pequim, destacou que 2026 marcará o início de um ciclo decisivo. Segundo ela, o país precisará garantir crescimento estável para cumprir a meta de dobrar o PIB per capita até 2035, em valores constantes. “Uma das tarefas estratégicas centrais da China no próximo ano é construir um sistema industrial modernizado e fortalecer as bases da economia real”, afirmou.

Wan acrescentou que a contribuição do consumo deve aumentar, acompanhada por elevação nos investimentos industriais e em pesquisa e desenvolvimento.


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