Ciro Nogueira descarta Flávio Bolsonaro e aponta Tarcísio e Ratinho como líderes da direita em 2026

Foto: Andressa Anholete/Agência Senado

Em Curitiba, nesta segunda-feira (8), Ciro Nogueira reorganizou o tabuleiro da direita ao afirmar que a candidatura de Flávio Bolsonaro ao Planalto em 2026 “não é viável”. Mesmo ressaltando a forte relação pessoal com o senador do PL, o presidente nacional do PP declarou que apenas Tarcísio de Freitas e Ratinho Júnior possuem densidade política suficiente para liderar o campo conservador, posição que, segundo ele, se ampara em critérios objetivos.

“O senador Flávio é um dos melhores amigos que tenho na minha vida pública. Se eu tivesse que escolher pessoalmente um candidato para suceder Bolsonaro, não tenho a menor dúvida de que seria Flavio, pela minha relação com ele. Mas política não se faz só com amizades. Se faz com pesquisas, com viabilidade, ouvindo os partidos aliados. Isso não pode ser só uma decisão do PL”, afirmou. Em seguida, reforçou: “É importante unificarmos todo o campo político de centro e da direita, porque, caso contrário, não vamos ganhar a eleição”.

Apesar de considerar a postulação de Flávio insustentável, Ciro disse que conversaria com ele ainda na mesma noite sobre os recentes movimentos eleitorais. “Vou ouvi-lo, vamos dialogar para entender [o motivo de ter se lançado candidato]”, explicou. O posicionamento do líder progressista ocorre em meio às articulações internas do PP, que, durante reunião do diretório estadual comandado pelo deputado Ricardo Barros, decidiu não apoiar o senador Sergio Moro (União Brasil) na disputa pelo governo do Paraná.

As declarações de Ciro coincidem com a oscilação do próprio Flávio Bolsonaro, que havia dito na sexta-feira (5) ter sido escolhido por Jair Bolsonaro — atualmente preso — para disputar a Presidência, mas recuou no domingo (7), indicando que poderia desistir, embora com condições. O senador afirmou que estaria reunido nesta segunda com Valdemar Costa Neto, Marcos Pereira e Antonio Rueda para discutir temas centrais, entre eles a anistia, e declarou posteriormente, em entrevista à Record, que sua desistência dependeria de Bolsonaro estar “livre, nas urnas”.

Lucas Allabi: Jornalista em formação pela PUC-SP e apaixonado pelo Sul Global. Escreve principalmente sobre política e economia. Instagram: @lu.allab
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