O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) aparece na liderança de todos os cenários simulados para as eleições presidenciais de 2026, tanto no primeiro quanto no segundo turno, segundo levantamento nacional divulgado nesta quinta-feira (18) pela AtlasIntel em parceria com a Bloomberg. De acordo com a pesquisa, se o pleito fosse realizado hoje, Lula venceria todos os principais adversários testados, mantendo vantagem sobre nomes ligados ao bolsonarismo e governadores da oposição.
O estudo avaliou diferentes combinações eleitorais, incluindo candidatos como o senador Flávio Bolsonaro (PL-RJ), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), a ex-primeira-dama Michelle Bolsonaro (PL) e outros governadores cotados para a disputa presidencial.
Cenários de primeiro turno
No cenário em que Flávio Bolsonaro aparece como candidato apoiado por seu pai, o ex-presidente Jair Bolsonaro, Lula registra 48,1% das intenções de voto, contra 29,3% do senador. O governador de Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), surge em terceiro lugar, com 7,2%.
Em uma simulação ampliada, com a inclusão de Tarcísio de Freitas, o presidente mantém a liderança com 47,9%. Flávio Bolsonaro aparece com 21,3%, seguido pelo governador paulista, com 15%. Caiado soma 4,4%.
Quando o cenário exclui Flávio Bolsonaro e testa apenas Lula contra Tarcísio de Freitas e Ronaldo Caiado, o presidente atinge 48,8% das intenções de voto. Tarcísio aparece com 28,3% e Caiado com 5,5%.
Em outra hipótese, com Michelle Bolsonaro como principal adversária, Lula também marca 48,8%, enquanto a ex-primeira-dama alcança 30%. Caiado aparece novamente em terceiro, com 7,5%.
Há ainda um cenário sem integrantes da família Bolsonaro e sem Tarcísio de Freitas. Nesse recorte, Lula registra 48,8%. Caiado sobe para 16,3%, seguido pelo governador de Minas Gerais, Romeu Zema (Novo), com 11,7%, e pelo governador do Paraná, Ratinho Júnior (PSD), com 9%.
Apoio bolsonarista e composição de chapa
A pesquisa também investigou a aceitação, entre eleitores identificados com o bolsonarismo, de uma eventual candidatura de Flávio Bolsonaro à Presidência. Segundo os dados, 75,2% afirmaram concordar com a escolha do senador como candidato. Outros 17,1% disseram discordar, enquanto 7,6% não souberam ou não responderam.
Questionados sobre quem deveria compor a chapa como vice, os entrevistados indicaram Tarcísio de Freitas como a opção preferida, com 25,8%, seguido por Michelle Bolsonaro, com 23%. Romeu Zema e Ronaldo Caiado aparecem empatados com 9,6%, Ratinho Júnior soma 8,6% e o governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro (PL), registra 8,1%.
Cenário sem Lula e desempenho de Haddad
O levantamento também simulou um cenário em que o ministro da Fazenda, Fernando Haddad (PT), seria o candidato do partido em 2026, sem a presença de Lula. Nesse caso, Haddad aparece na liderança com 43,9% das intenções de voto. Tarcísio de Freitas surge em segundo lugar, com 28,5%, seguido por Caiado, com 6,1%, e Ratinho Júnior, com 4,1%.
Simulações de segundo turno
Nos cenários de segundo turno, Lula venceria todos os adversários testados. Em uma disputa direta contra Tarcísio de Freitas, o presidente teria 49% das intenções de voto, contra 45% do governador paulista. Contra Michelle Bolsonaro, Lula alcança 50%, enquanto a ex-primeira-dama registra 45%.
A vantagem é mais ampla em um confronto com Flávio Bolsonaro: Lula aparece com 53%, contra 41% do senador. Em disputas contra Ronaldo Caiado, Romeu Zema ou Ratinho Júnior, o presidente marca 49%, enquanto os adversários ficam com 39%.
Rejeição dos principais nomes
A pesquisa também mediu a rejeição dos principais líderes políticos. Ao serem questionados sobre em quem não votariam de jeito nenhum, os entrevistados apontaram Jair Bolsonaro como o nome mais rejeitado, com 48,9%. Lula aparece logo em seguida, com 47,8%.
Na sequência figuram Flávio Bolsonaro (45,6%), Michelle Bolsonaro (43,3%), o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG), com 42,9%, Romeu Zema (39,8%) e Tarcísio de Freitas (39,3%).
Metodologia
O levantamento foi realizado entre os dias 10 e 15 de dezembro, com 18.154 entrevistados em todas as regiões do país. A margem de erro é de um ponto percentual, para mais ou para menos, com nível de confiança de 95%.
A pesquisa utilizou a metodologia Atlas Random Digital Recruitment (RDR), que recruta participantes de forma orgânica durante a navegação na internet, em diferentes dispositivos e territórios geolocalizados.