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Trump prepara o roteiro mais sombrio da indústria, com tarifas sobre filmes estrangeiros

Ao ameaçar tarifas de 100% em longas internacionais, Trump abala Hollywood e põe em risco parcerias centenárias com países como Reino Unido e Austrália A ameaça de Donald Trump de impor tarifas de 100% sobre filmes produzidos no exterior seria “devastadora” para grandes polos de produção de Hollywood no Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova […]

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Taxas sobre filmes estrangeiros que vão para os EUA prejudicariam centros de produção em países como Reino Unido, Canadá e Austrália.
Indústria cinematográfica cambaleia com ameaça de Donald Trump com tarifas de 100% / FlixPix / Alamy

Ao ameaçar tarifas de 100% em longas internacionais, Trump abala Hollywood e põe em risco parcerias centenárias com países como Reino Unido e Austrália


A ameaça de Donald Trump de impor tarifas de 100% sobre filmes produzidos no exterior seria “devastadora” para grandes polos de produção de Hollywood no Reino Unido, Canadá, Austrália e Nova Zelândia, alertaram executivos do setor. No entanto, a própria indústria cinematográfica americana e as redes de cinema também seriam fortemente impactadas, com estúdios possivelmente arcando com custos mais altos e espectadores enfrentando ingressos mais caros.

Trump afirmou neste domingo (4) que quer introduzir a tarifa porque “a indústria cinematográfica nos EUA está MORRENDO rapidamente”, enquanto outros países usam “incentivos para atrair nossos cineastas e estúdios”. Ele não deu detalhes sobre como a medida seria implementada.

As ações da Netflix caíram 2,5% nesta segunda-feira, refletindo o temor de custos mais altos, embora executivos questionem como as tarifas funcionariam na prática.

Claire Enders, analista de mídia, descreveu o impacto potencial como “além de devastador” para o Reino Unido, onde filmes são produzidos em parceria com os EUA há um século. Ela destacou que a medida afetaria economias baseadas em serviços, como a britânica.

Matthew Deaner, da Screen Producers Australia, afirmou que as tarifas enviariam “ondas de choque” pela indústria global. No entanto, especialistas questionam como seriam aplicadas, já que muitos filmes são distribuídos digitalmente, sem atravessar fronteiras fisicamente.

Peter Bazalgette, ex-presidente da ITV, perguntou: “Como taxar uma série da Netflix feita no Reino Unido e distribuída globalmente pela internet?”. O impacto real dependeria de como Trump define “produção cinematográfica”, incluindo ou não as séries de streaming.

Se aplicadas apenas a blockbusters, as tarifas prejudicariam o Reino Unido, mas menos do que se atingissem também as produções das plataformas de streaming, como Netflix e Amazon.

Executivos alertam que o livre comércio na indústria cinematográfica é vital para os EUA, onde mão de obra e infraestrutura são mais caras. Qualquer retaliação tarifária seria extremamente prejudicial, já que a maior parte da receita do setor vem do exterior.

Segundo a Motion Picture Association, o cinema e a TV americanos geraram um superávit comercial de US$ 15,3 bilhões em 2023, com exportações de US$ 22,6 bilhões. Ainda assim, os EUA perdem terreno para países que oferecem incentivos fiscais, como Reino Unido e Austrália.

Na Califórnia, a produção caiu 5,6% em 2024, o segundo pior ano da história, atrás apenas de 2020, durante a pandemia. Enquanto isso, o Reino Unido registrou investimento recorde de £5,6 bilhões em produções como “Wicked”, impulsionado por estúdios e streamers americanos.

Outros países, como Austrália e nações europeias, também atraem produções com incentivos fiscais. A Califórnia tenta reagir, com um programa de incentivos de US$ 330 milhões anuais, que o governador quer ampliar para US$ 750 milhões.

Com informações de Financial Times*

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