Em convenção conjunta realizada nesta terça-feira (19), União Brasil e Progressistas (PP) oficializaram a criação da federação partidária União Progressista, que passa a ser a maior força política do país em representação legislativa, número de prefeitos e acesso a recursos do fundo partidário e eleitoral. A informação foi divulgada pelo g1.
Estrutura da nova federação
O estatuto da União Progressista foi aprovado em reuniões internas pela manhã e ratificado em evento à tarde. O próximo passo será o registro no Tribunal Superior Eleitoral (TSE), previsto para os próximos dias.
A federação nasce com:
- 109 deputados federais (maior bancada da Câmara);
- 15 senadores (com a filiação de Margareth Buzetti ao PP ainda nesta semana, assumirá a liderança também no Senado);
- 7 governadores, 1.335 prefeitos e 12.398 vereadores;
- acesso a R$ 953,8 milhões do fundo eleitoral e R$ 197,6 milhões do fundo partidário.
Os números superam as bancadas do PL e do PSD, consolidando o bloco como peça-chave na disputa política até as eleições municipais de 2026.
Relação com o governo Lula
Apesar de ocupar quatro ministérios (Turismo, Integração Regional, Comunicações e Esporte), a federação deve adotar postura de oposição crítica ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).
A estratégia prevê um desembarque gradual do governo. Para evitar conflitos imediatos, ficou decidido que os ministros de União Brasil e PP permanecerão em seus cargos em caráter pessoal até abril de 2026, quando precisarão se desincompatibilizar para disputar as eleições.
Eleições de 2026 no horizonte
Os presidentes do PP, Ciro Nogueira, e do União Brasil, Antonio Rueda, indicam intenção de lançar candidatura de centro-direita ao Planalto em 2026.
Entre os nomes em avaliação estão:
- Ronaldo Caiado (União Brasil), governador de Goiás, já apresentado como pré-candidato;
- Tarcísio de Freitas (Republicanos), governador de São Paulo, apoiado por setores do PP e aliado de Jair Bolsonaro.


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