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Primeiro-ministro do Nepal renuncia após protestos que resultaram em mortes de civis

O primeiro-ministro nepalês, KP Sharma Oli, anunciou sua renúncia na terça-feira (9) após uma onda de protestos contra a corrupção liderados pela “geração Z” do país. Considerada a maior instabilidade que o Nepal viu em sua história recente, após a abolição da sua monarquia de 239 anos em 2008, as manifestações foram violentas e brutalmente […]

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KP Sharma Oli, primeiro-ministro do Nepal que renunciou nesta terça-feira. Foto: REUTERS/Navesh Chitrakar

O primeiro-ministro nepalês, KP Sharma Oli, anunciou sua renúncia na terça-feira (9) após uma onda de protestos contra a corrupção liderados pela “geração Z” do país.

Considerada a maior instabilidade que o Nepal viu em sua história recente, após a abolição da sua monarquia de 239 anos em 2008, as manifestações foram violentas e brutalmente reprimidas. Para conter os revoltosos, as forças de segurança usaram munição real, canhões de água e gás lacrimogêneo durante protestos em diversas cidades, nos quais as autoridades disseram que pelo menos 19 pessoas foram mortas.

Fotos da Reuters mostraram manifestantes queimando uma guarita policial e móveis em frente ao escritório do Congresso Nepalês, o maior partido político do Nepal. Também foi ateado fogo no Parlamento, em casas de ministros e na Suprema Corte.

Mais de 400 pessoas, incluindo funcionários das forças de segurança, foram hospitalizadas após sofrerem ferimentos na segunda-feira, de acordo com um relatório do Ministério da Saúde do Nepal.

O estopim para o início do movimento de massa foi a proibição imposta pelo governo nas plataformas de redes sociais, incluindo Facebook, Instagram, WhatsApp, YouTube e X, em uma medida que foi amplamente criticada por grupos de direitos humanos.

Os organizadores dizem que os protestos, que se espalharam pelo país, não são apenas sobre a proibição das mídias sociais, mas também são um reflexo da frustração com uma economia instável e níveis de corrupção endêmica cada vez mais rompantes.

Enquanto filhos de políticos esbanjam suas vidas luxuosas nas redes, os chamados “Nepo Kids”, jovens de 15 a 24 anos, conviveram com uma taxa de desemprego de 20,8% em 2024, segundo o Banco Mundial.

“Todos os cidadãos nepaleses estão fartos da corrupção. Todos os jovens estão indo para fora do país. Então, queremos proteger nossos jovens e melhorar a economia do país”, disse um manifestante à Reuters.

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Lucas Allabi

Jornalista em formação pela PUC-SP e apaixonado pelo Sul Global. Escreve principalmente sobre política e economia. Instagram: @lu.allab

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Salvar os burros da burrice

09/09/2025 - 13h38

Esse tipo de coisa só lembra “guerra híbrida”. Agitações de jovens contra “corrupção” (lembram quando a Globo colocava a imagem do Presidente Lula contra um cenário de esgoto?) a gente pode desconfiar de ação dos Estados Unidos e União Europeia, ou seja, do fascismo imperial e colonial, para derrubar algum país, na luta sem trégua deles contra a China e a Rússia (Lembram das jornadas de junho para derrubar a Dilma? Era só por causa de vinte centavos). Cuidado com o império e com o sionismo!


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