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Lula pode encerrar mandato com menor inflação desde 1999, mas percepção popular ainda reflete alta no custo de vida

O acumulado de inflação durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode terminar como o menor desde 1999, ano em que o Brasil adotou o regime de metas de inflação. A projeção, citada por economistas e membros do governo, aponta para um cenário de estabilidade de preços em meio à […]

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Ricardo Stuckert/PR

O acumulado de inflação durante o terceiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pode terminar como o menor desde 1999, ano em que o Brasil adotou o regime de metas de inflação.

A projeção, citada por economistas e membros do governo, aponta para um cenário de estabilidade de preços em meio à retomada do crescimento econômico e ao controle das contas públicas.

O período de referência mais próximo desse desempenho foi registrado também no governo Lula, entre 2006 e 2010, quando o IPCA acumulou alta de 22,21%. Para especialistas, o resultado atual indica consistência na política macroeconômica e eficácia do regime de metas, reforçado pela condução da política fiscal e monetária.

Apesar dos indicadores positivos, parte significativa da população ainda sente pressão sobre o orçamento doméstico, sobretudo em itens essenciais. Segundo avaliação de analistas, a distância entre números oficiais e percepção cotidiana se dá porque o índice de preços não reflete igualmente todos os itens da cesta de consumo das famílias. Produtos como carnes e alimentos básicos, quando sobem acima da média, impactam mais diretamente o poder de compra.

“A inflação acumulada não representa igualmente todos os itens da cesta de consumo. O problema não é a inflação em si, mas quando itens essenciais sobem acima da média”, explicou o coordenador do Índice de Preços ao Consumidor da FGV, André Braz, em análise recente. “Se a carne sobe 20% e o salário apenas 4%, a família consome menos e perde qualidade de vida.”

O regime de metas de inflação, adotado em 1999, estabelece objetivo central de 3% ao ano, com margem de 1,5 ponto percentual para mais ou para menos. A partir de 2025, o modelo passou a operar em regime contínuo, permitindo maior flexibilidade na avaliação do Banco Central.

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, tem defendido o desempenho do governo na contenção da inflação. Durante cerimônia no Palácio do Planalto, Haddad afirmou que o país caminha para registrar o menor índice acumulado da série histórica sob o atual modelo monetário. “O senhor vai terminar o terceiro mandato com a menor inflação acumulada da história do Brasil. O mais importante é que o senhor está batendo o próprio recorde”, declarou, dirigindo-se ao presidente Lula.

Apesar da sinalização favorável, economistas reforçam que o comportamento dos preços de alimentos e serviços monitorados continuará determinante para a percepção da população nos próximos meses, sobretudo diante do cenário internacional ainda volátil e das discussões sobre trajetória futura da taxa de juros no país.

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