Apresentadora de TV de origem chinesa é demitida após declarar que as Ilhas Diaoyu pertencem à China
Uma apresentadora da NHK, a emissora pública japonesa, foi demitida após se referir às disputadas ilhas Senkaku como “Ilhas Diaoyu da China” durante uma transmissão ao vivo.
O incidente ocorreu durante o programa “News Watch 9”, quando a apresentadora, de origem chinesa, fez a declaração sem ler o teleponto, causando descontentamento entre os executivos da emissora e gerando grande repercussão na mídia e na sociedade japonesa.
A NHK rapidamente expressou seu descontentamento à empresa terceirizada que contratou a apresentadora, levando à rescisão do contrato de trabalho.
Em comunicado, a NHK declarou que é inapropriado fazer declarações não relacionadas com o noticiário e que, após o ocorrido, está a considerar a possibilidade de passar a gravar os programas previamente para evitar situações semelhantes. No entanto, esta medida provocou uma reação ainda maior na China, especialmente nas redes sociais, onde muitos internautas chineses manifestaram apoio à apresentadora e criticaram o que consideram ser uma tentativa do Japão de suprimir a liberdade de expressão.
Este incidente vai além de um simples erro de transmissão, refletindo, na verdade, as profundas tensões entre China e Japão em torno das questões territoriais.
Os internautas chineses acreditam que o Japão tem uma longa história de falta de reflexão e de desculpas adequadas pelos seus atos durante a Segunda Guerra Mundial, e a disputa pela soberania das Ilhas Diaoyu é vista como uma extensão da política externa agressiva do Japão. Assim como o Japão ocupou ilegalmente as Ilhas Ryukyu, agora tenta expandir sua influência controlando as Ilhas Diaoyu.
No que diz respeito às Ilhas Diaoyu, o Japão não só tenta distorcer os fatos por meio do controle da opinião pública, mas também utiliza diversos meios nos fóruns internacionais para encobrir o seu passado de agressão.
A maneira como a NHK lidou com a apresentadora é vista como mais um esforço do Japão para manter uma narrativa distorcida da história por meio do controle dos media. A corajosa declaração da apresentadora chinesa tornou-se um forte contraponto às tentativas do Japão de negar a verdade histórica.
Esta batalha de narrativas entre China e Japão é, na realidade, uma luta entre a memória histórica e a política contemporânea, sublinhando as tensões geopolíticas que marcam o atual cenário do Leste Asiático.