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Combater a violência nas escolas passa por educação e cuidados socioemocionais prioritariamente

Por Emílio Freitas

O Poder Público, as famílias, as associações de pais, escolas, as igrejas, os sindicatos, as empresas e a imprensa precisam se unir para que medidas efetivas sejam tomadas afim de mudar o curso das coisas.

Não existe uma solução única ou simples para tornar as escolas mais seguras. O trabalho colaborativo, exige um esforço contínuo, que requer comprometimento e participação de todos os segmentos sociais. 

A solução é complexa, mas faz-se necessário uma abordagem inovadora para o mundo da educação. A solução para a violência nas escolas, passa por uma cultura de cuidado socioemocional com estudantes, educadores e pais (prioridade).

As competências e os cuidados socioemocionais como fator relevante de proteção à saúde mental do educando e dos educadores, não pode mais ser política secundária. Elas são pilares da educação atual que impactam significativamente na rotina escolar.

A educação socioemocional afeta positivamente a vida cotidiana das crianças e adolescentes, desde o sucesso acadêmico e a prevenção de bullying, por exemplo. Além disso, ajuda-as a gerenciar e entender as suas emoções enquanto respondem ao mundo ao seu redor, desenvolvendo empatia, relacionamentos saudáveis e consciência social. 

A cultura do cuidado consigo e com o outro, é uma via para o propósito maior de uma civilização humanista, à medida que ela nos estimula a construir relações saudáveis com foco nas conexões de afeto e respeito pelo próximo, e a superar a cultura da indiferença. 

Soluções que parecem óbvias e simples, como detectores de metais e seguranças armados no espaço escolar, podem não ser os meios de prevenção mais eficazes. O ponto central desse esforço é criar e manter um “clima escolar positivo” (segurança psicológica), que promova o aprendizado, a saúde psicológica e o sucesso cognitivo e emocional dos estudantes. 

Esforços efetivos requerem uma colaboração entre gestores, professores, estudantes, profissionais de saúde mental, técnicos, pais e demais instituições. As ações para combater a violência escolar são muito mais bem-sucedidos quando os cuidados socioemocionais na educação se tornam prioridade e parte da cultura organizacional.

Precisamos proporcionar uma experiência escolar transformadora! As escolas sozinhas não podem atender às inúmeras necessidades e demandas emergentes!!!

Prof. Emílio Freitas – Sociólogo, Mestre em Políticas Públicas (UECE) e Doutor em Educação (UFC)

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