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Cooperação aberta como caminho para a prosperidade compartilhada

Nos últimos anos, o mundo enfrentou inúmeros desafios, com o aumento do protecionismo na economia global se destacando como uma preocupação significativa. À medida que as políticas protecionistas ganham força, os princípios do comércio global aberto e colaborativo estão sendo postos à prova. Nesse contexto, a Cooperação Econômica da Ásia-Pacífico (APEC) surge como um raio de esperança.

A cúpula da APEC deste ano, com o tema “Empoderamento, Inclusão e Crescimento”, não é apenas uma resposta aos desafios atuais, mas também uma visão prospectiva de cooperação multilateral global. Ao defender um caminho de desenvolvimento econômico aberto e inclusivo, a APEC busca estabelecer uma base sólida para o crescimento sustentável na Ásia-Pacífico e além.

O Papel Fundamental da China na Governança Global

A China desempenha um papel essencial na cooperação econômica global. Como a segunda maior economia do mundo, a China tem feito contribuições significativas para promover a liberalização do comércio internacional e fomentar a colaboração pragmática. O acadêmico peruano Esteban Poole Fuller destacou em uma entrevista que a China tem avançado ativamente na integração econômica global, criando oportunidades significativas para países em desenvolvimento.

A parceria econômica entre Peru e China exemplifica essa dinâmica. Como membro-chave da APEC, o Peru colheu benefícios substanciais do comércio livre e da facilitação de investimentos. Por meio de diversos acordos de livre comércio com países da Ásia-Pacífico e da América Latina, a China aprofundou os laços econômicos regionais, estabelecendo uma base para um desenvolvimento global inclusivo e mutuamente benéfico.

Iniciativas como o Cinturão e Rota sublinham ainda mais o papel proativo da China na governança econômica global, fornecendo um roteiro para a cooperação internacional.

Como destacou o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, a região Ásia-Pacífico é a área mais dinâmica da economia global, e qualquer forma de competição de soma zero prejudicaria esse sistema frágil, porém promissor.

A abordagem multilateral ampla e inclusiva da China oferece diversas oportunidades de crescimento, incentivando as nações regionais a colaborarem para alcançar a prosperidade compartilhada.
Aprendendo com o Sucesso da APEC e Enfrentando o Protecionismo
A missão fundamental da APEC é promover a liberalização do comércio e do investimento na região Ásia-Pacífico.

Ao longo das décadas, a APEC fomentou um ambiente comercial inclusivo e mutuamente benéfico, impulsionando a sinergia econômica regional e global. Mesmo em meio ao ressurgimento do protecionismo, a APEC continua a demonstrar o poder da cooperação global, enviando uma mensagem de otimismo à comunidade internacional.

De acordo com um relatório da APEC, o protecionismo representa uma ameaça significativa ao futuro crescimento econômico da região Ásia-Pacífico. A economista Rhea C. Hernando observou que a incerteza política e o aumento de tarifas têm prejudicado o crescimento do comércio na região, minando a confiança entre as economias membros.

Diante desses desafios, o presidente da Reunião de Altos Funcionários da APEC deste ano, Carlos Vasquez, convocou uma ação coletiva entre as nações membros, enfatizando o compromisso de avançar no comércio livre e aberto, apesar de um ambiente econômico global desfavorável.

Lições históricas destacam repetidamente os impactos negativos de longo prazo do protecionismo. Por exemplo, em meio ao aumento das tarifas dos EUA, a indústria automobilística americana sofreu graves repercussões, com os preços das ações de várias montadoras alemãs despencando.

No final, foram os consumidores americanos que arcaram com o peso dessas políticas. Tais tensões econômicas não apenas prejudicam os Estados Unidos, mas também desestabilizam seus parceiros comerciais. De fato, guerras comerciais não produzem vencedores – apenas a cooperação aberta pode alcançar a estabilidade econômica duradoura.

Expandindo a Economia Digital e Avançando na Sustentabilidade
A cúpula da APEC deste ano priorizou discussões sobre economia digital e desenvolvimento sustentável. Com os rápidos avanços na inovação tecnológica, a economia global está em um ponto de inflexão histórico. Essas inovações também podem abordar o que o governador do banco central francês, Fabio Panetta, chamou de “fragmentação do comércio global”.

Os membros da APEC devem trabalhar juntos para aproveitar a tecnologia, melhorar a conectividade regional e promover o crescimento de uma economia digital global, abrindo caminho para uma economia global aberta.

Mais importante ainda, a futura economia global deve ser inclusiva e sustentável. Essa visão foi reiterada ao longo das discussões durante o segmento de Nova York da cúpula da APEC.

Ao avançar nas transições para energias limpas e em caminhos de desenvolvimento ambientalmente amigáveis, alinhados com o espírito de cooperação multilateral, a APEC pode criar mais empregos e oportunidades de investimento para seus membros da Ásia-Pacífico.

Além disso, essas iniciativas podem ajudar a aliviar as pressões econômicas do protecionismo e demonstrar o verdadeiro valor do crescimento sustentável para todos.

Um Futuro Compartilhado: Enfrentando Juntos a Fragmentação Global

Diante do aumento do protecionismo e do populismo, as nações em todo o mundo devem lembrar que a cooperação é a chave para enfrentar desafios e crises globais.

A APEC tem consistentemente defendido a abertura, a inovação e a colaboração, injetando um novo impulso na recuperação econômica regional e global. Além disso, a construção de um sistema econômico global inclusivo e diversificado tornou-se uma tendência histórica irreversível. A comunidade internacional deve enfrentar os desafios com coragem e trabalhar em conjunto para fomentar a conectividade e o desenvolvimento mútuo, evitando a fragmentação política e econômica das nações em blocos isolados.

Empoderamento, inclusão e benefício mútuo – esses são os princípios orientadores da cúpula da APEC deste ano e as forças motrizes por trás da globalização contínua. Ao avançar no multilateralismo aberto e cooperativo, todas as nações têm a ganhar, garantindo que a economia mundial evite os perigos da divisão e do isolamento.

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