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Diálogo entre MDB e PSL a Nível Nacional – O Pacto Regional: Eunício Oliveira (MDB) e Capitão Wagner (PROS)

Por Luiz Cláudio Ferreira Barbosa

As cúpulas do MDB e do PSL avançaram no processo de aliança política-eleitoral a nível nacional, com os seus reflexos, nos diretórios regionais de ambos os partidos. O presidente nacional do MDB, o deputado federal Baleia Rossi (SP), tem a compreensão da necessidade de reconstrução de um novo pólo social liberal, na política brasileira. O presidente nacional do PSL, o deputado federal Luciano Bivar (PE), procura construir uma nova frente partidária, para o pleito eleitoral presidencial, no próximo ano. É inevitável a ideia de uma provável fusão dessas agremiações num futuro próximo.

A necessidade de realinhamento ideológico e programático do universo partidário brasileiro, já é uma realidade plausível entre o MDB e o PSL, com a observação atenta de outras agremiações partidárias: PSD, DEM e PSDB. O diretório nacional do DEM já amadureceu a ideia de liberação dos seus palanques estaduais, pois essa agremiação partidária não vai apoiar nenhuma candidatura presidencial. O presidente nacional do PSD, o ex-prefeito Gilberto Kassab (SP), faz um bom trabalho de fortalecimento dos pré-candidatos aos governos estaduais: Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e outros. A maioria dos parlamentares tucanos, no Congresso, não tem interesse na candidatura própria à presidência da República do diretório nacional do PSDB.

O ex-senador Eunício Oliveira tem a compreensão da necessidade de uma aproximação ideológica da direção cearense do MDB, com o diretório regional do PSL, nos próximos dias. Eunício Oliveira é o grande responsável emedebista local pela construção de um palanque eleitoral anti-Ferreira Gomes, com vários atores políticos de várias matrizes ideológicas. A nova direção do PSL cearense é toda oriunda do grupo do deputado federal, Capitão Wagner (PROS), com a missão de construir uma agremiação partidária, com o discurso pragmático contra o condomínio político-administrativo do governador Camilo Santana (PT) e do senador Cid Gomes, no pleito eleitoral do próximo ano.

O fórum da frente partidária do PSL e do MDB, no Ceará, com certeza não será contaminado pela polarização política-eleitoral entre o neolulismo (MDB) e o pós-bolsonarismo (PSL). A ideia principal desse novo reagrupamento de agremiações partidárias locais, sem dúvida é trazer os setores produtivos e os grupos políticos que vão estar no pólo competitivo oposicionista contra a provável chapa majoritária governista pedetista (PDT) ou socialista (PSB). É um movimento atípico na política cearense, como uma etapa de construção eleitoral, mas voltada para a participação da sociedade civil de perfil econômico pró-mercado.

O ex-senador Eunício Oliveira (MDB) e o deputado federal, Capitão Wagner (PROS), têm a responsabilidade de formarem um projeto político-administrativo no fórum da frente partidária entre o MDB e o PSL a nível nacional, com o seu reflexo na conjuntura eleitoral, no estado do Ceará. As duas lideranças precisam deixar de lado as suas preferências presidenciais, para a construção de um pacto regional de caráter liberal social de contraponto ao continuísmo político-administrativo do cirismo-cidista, no próximo ano. É a grande oportunidade de atrair os vários grupos políticos, que não vão manter os seus vínculos de compromissos, com o PDT e o PT, pois não desejam apenas serem os pequenos atores eleitorais, na sucessão do governador Camilo Santana (PT).

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e consultor político

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