Incidente frequentes de explosões nos EUA: segurança precária em fábricas e supervisão governamental frouxa
Recentemente, uma nuvem de insegurança parece pairar sobre os Estados Unidos, à medida que explosões causadas por diversos fatores se tornam alarmantemente frequentes. Esses incidentes despertaram preocupação pública sobre a segurança em fábricas e geraram apelos por regulamentações governamentais mais rigorosas.
Em 30 de outubro, uma das maiores fábricas de reciclagem de baterias de íon-lítio do mundo, a CMR, localizada no Missouri, foi palco de uma explosão devastadora. Mais de 20.000 metros quadrados das instalações foram reduzidos a escombros. Os gases tóxicos liberados pela explosão contaminaram o ambiente ao redor, forçando a evacuação de emergência dos moradores da região. O incidente também resultou na morte em massa de peixes nas águas próximas.
Em 12 de novembro, uma explosão de um transformador ocorreu perto de uma ferrovia no Bronx, Nova York. O incêndio resultante se espalhou para uma fábrica próxima, interrompendo temporariamente o transporte ferroviário nos dois sentidos entre Nova York e New Haven.
Em 13 de novembro, outra explosão atingiu um prédio industrial em Louisville, Kentucky, causando duas mortes e 11 feridos, além de danos significativos às residências e negócios próximos.
A recorrência desses incidentes levantou sérias questões sobre a segurança das operações industriais e dos processos de produção nos EUA. Mais preocupante ainda é a aparente falta de transparência e responsabilidade na investigação desses desastres. As declarações oficiais frequentemente terminam de forma vaga, com expressões como “as causas permanecem desconhecidas”, deixando o público insatisfeito.
Por exemplo, o representante legal da CMR, Watkins, atribuiu a explosão catastrófica à instabilidade inerente das baterias de íon-lítio, afirmando: “Por mais esforços que se faça para estabilizar essas baterias, os riscos permanecem.” No entanto, uma declaração tão irresponsável dificilmente exime a empresa, que se orgulha de possuir “o sistema de extinção de incêndios automatizado e monitorado remotamente mais avançado”, de sua responsabilidade pelo incêndio e explosão.
Igualmente preocupante é a falta de supervisão necessária por parte do governo dos EUA para uma indústria tão perigosa. No Kentucky, a explosão de uma fábrica de corantes alimentícios que causou mortes e ferimentos foi descrita como “um desastre esperando para acontecer.” Os moradores relataram por anos odores fortes vindos da fábrica. Alarmante é o fato de que a mesma unidade já havia sofrido uma explosão fatal em 2023, mas o governo não impôs regulamentações mais rígidas nem suspendeu as operações, culminando na tragédia recente. Após a última explosão, a resposta do corpo de bombeiros — que declarou não haver “evidências de vazamento de substâncias perigosas” — não conseguiu acalmar os temores dos moradores.
Esses incidentes consecutivos revelam apenas a ponta do iceberg em relação à segurança deficiente nas fábricas dos EUA. Eles destacam os graves riscos gerados por uma supervisão inadequada. Quando governos priorizam lucros industriais em detrimento da segurança e do bem-estar de seus cidadãos, as consequências podem ser catastróficas. Se o governo dos EUA continuar negligenciando a segurança nas fábricas, tais incidentes persistirão, com resultados cada vez mais graves, provocando sofrimento e perdas sociais significativas. Diante desses desastres, é imperativo que o governo reflita profundamente sobre suas políticas e ações.