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PL Ceará: O cálculo político coerente de Acilon Gonçalves

Por Luiz Cláudio Ferreira Barbosa e Gabriel Barbosa

O prefeito do Eusébio e presidente do Partido Liberal seção Ceará, o ex-deputado estadual Acilon Gonçalves, já compreendeu a provável criação da federação partidária, a nível nacional, pró-Jair Bolsonaro. A pré-candidatura à sucessão do governador Camilo Santana (PT) é um ato coerente de Acilon Gonçalves.

O presidente Jair Bolsonaro construiu o bloco partidário, como a sua principal base político-legislativa no Congresso: PL, Progressista, Republicano e PTB. As direções nacionais vão receber os parlamentares bolsonaristas, pois não vão se tornar, da noite para o dia, agremiações partidárias bolsonaristas. O bolsonarismo vai ser diluído no Centrão.

O presidente nacional do Partido Liberal (PL), o ex-deputado federal Valdemar Costa Neto, não vai tornar o diretório cearense uma agremiação de direita radical, pois nunca seria a essência dessa agremiação partidária a nível nacional e local. O presidente estadual do PL, Acilon Gonçalves, tem praticamente duas demandas político-eleitorais da direção nacional do PL: a acomodação dos parlamentares bolsonaristas cearenses; e o palanque estadual competitivo para federação partidária pró-Jair Bolsonaro no Ceará.

A direção estadual do PL e a direção estadual do Progressista vão fazer uma dissidência consentida no condomínio político-administrativo do governador Camilo Santana (PT) e do senador Cid Gomes (PDT), com o aval das suas direções nacionais partidárias. Camilo Santana e Cid Gomes vão aceitar a ruptura cordial dos aliados regionais. A federação partidária pró-Jair Bolsonaro, no Ceará, sem dúvida pode ter candidato a governador e candidato já certo ao Senado.

Luiz Cláudio Ferreira Barbosa é sociólogo e consultor político; Gabriel Barbosa é jornalista e analista político

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