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Segurança das Criptomoedas: saiba como proteger seus investimentos

A crescente popularidade das criptomoedas trouxe novas oportunidades de lucrar com margens muito acima dos produtos tradicionais oferecidos pelo gerente da sua conta bancária, por exemplo, mas também com desafios mais complexos em termos de segurança. Com o aumento das ameaças cibernéticas, entender como funciona a engenharia das operações de criptomoedas e como se resguardar é essencial para qualquer investidor

Por isso, exploraremos de forma detalhada os mecanismos de segurança no universo das criptomoedas, além de passar orientações práticas para proteger seus ativos digitais também no que diz respeito à escolha da melhor carteira de bitcoin. Afinal de contas, com dinheiro (seja real ou virtual) não se brinca.

Blockchain e criptografia

Crédito: Pexels

A base da segurança das criptomoedas está no blockchain – tecnologia que consiste em um livro-razão digital que registra todas as transações de forma transparente e imutável – e na criptografia. Dessa forma, cada transação é verificada por uma rede de computadores (comandada pelos próprios investidores) e registrada em blocos conectados em uma cadeia. 

A já mencionada criptografia assegura que cada transação seja assinada digitalmente com uma chave privada única, pertencente ao proprietário dos fundos. Essa senha deve ser mantida em segredo absoluto, pois qualquer pessoa com acesso a ela pode gastar as criptomoedas lá contidas.

Mecanismos de Segurança das Exchanges

As exchanges de criptomoedas, corretoras online onde os usuários compram, vendem e trocam ativos digitais, implementam continuamente diversas medidas de segurança para proteger as aplicações de seus clientes. Algumas das principais medidas incluem:

  • Autenticação de dois fatores (2FA) – adiciona uma camada extra de segurança além da senha, geralmente através de um aplicativo autenticador ou SMS;
  • Armazenamento em cold wallets (carteiras offline) – protegem os fundos contra hackers, pois não estão conectadas à internet;
  • Criptografia de dados – impede o acesso não autorizado;
  • Auditorias – identificam e corrigem vulnerabilidades;
  • Contratação de seguro – algumas exchanges oferecem seguros para cobrir perdas em caso de ataque cibernético.

Como os investidores podem se resguardar

Uma das medidas mais básicas, mas mesmo assim negligenciada, é a criação de senhas fortes e únicas para cada conta relacionada a criptomoedas. Tais códigos devem ser preferencialmente longos, combinando letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais – evite relações com informações de conhecimento de muitos, como data de aniversário, por exemplo.

Tem dificuldade de criar uma? Use então um gerenciador de senhas para armazenar e criar senhas seguras. E quando o investidor opta por uma segunda forma de autenticação além do código de senha, uma combinação é gerada por um aplicativo como o Google Authenticator ou enviado via SMS. Trata-se de uma medida realmente eficaz, pois impede que hackers acessem suas contas, mesmo que obtenham sua senha.

Por dentro das carteiras digitais: diferenças e detalhes técnicos

Crédito: Ladislav Mecir/English Wikipedia

Existem dois tipos principais de carteiras digitais: quente (hot wallets) e fria (cold wallets). A primeira está conectada à internet, facilitando o acesso rápido para transações, mas com a ressalva de serem mais vulneráveis a ataques cibernéticos. Já o segundo tipo, por outro lado, é offline, oferecendo assim maior segurança contra invasores – sendo ideais para armazenar grandes quantidades de criptomoedas por longos períodos. 

As hot wallets são frequentemente usadas para transações diárias devido à sua conveniência. Elas podem ser baseadas em software (como apps móveis e desktop) ou em web wallets oferecidas pela própria exchange a qual você se associou. No entanto, a segurança torna-se mais vulnerável pelo fato de estar conectada à internet. 

Já as cold wallets consistem em hardware wallets, paper wallets e até mesmo carteiras de metal. No caso das hardwares, como Ledger e Trezor, temos aqui dispositivos físicos que armazenam chaves privadas offline. Paper wallets, como a própria tradução literal sugere, são documentos impressos contendo códigos públicos e privativos, enquanto carteiras de metal são placas gravadas com senhas pessoais. Porém, você não pode perder nenhuma dessas opções offline de forma alguma, pois são impossíveis de serem recuperadas por outros meios.

Backup de chaves privadas

Por isso, manter cópias de suas senhas passa a ser prioridade número um. Sem essas chaves, não há como acessar suas criptomoedas. Recomenda-se fazer múltiplos backups e armazená-los em diferentes locais seguros, como cofres ou caixas de segurança. Ataques de phishing são tentativas de enganar os usuários para que revelem suas informações confidenciais, como senhas ou chaves privadas. Esses golpes geralmente ocorrem através de emails, mensagens ou sites falsificados que imitam serviços legítimos. Sempre verifique a URL de sites antes de inserir suas informações e não clique em links suspeitos de forma alguma.

Mantenha seu software de carteira e qualquer outro aplicativo relacionado a criptomoedas atualizado, pois isso proporciona correções de segurança que protegem seu investimento contra vulnerabilidades conhecidas. Evite também acessar suas contas de ativos digitais através de redes Wi-Fi públicas, pois elas podem ser facilmente comprometidas. Considere também o uso de uma VPN para aumentar a segurança – pois isso “mascara” seu IP. 

Passo a Passo para manter uma conta de criptomoedas mais protegida

  1. Crie senhas fortes e únicas: faça senhas longas e complexas, combinando letras maiúsculas e minúsculas, números e caracteres especiais. Evite usar a mesma combinação em múltiplas contas;
  2. Ative a autenticação de dois fatores (2FA): assim, você terá uma camada extra de segurança usando um aplicativo autenticador ou SMS. Isso impede acessos não autorizados, mesmo que sua senha caia nas mãos erradas;
  3. Use carteiras seguras: opte pelas ot wallets para transações diárias e cold wallets para armazenar grandes quantidades de criptomoedas. Carteiras frias são offline e oferecem maior segurança contra hackers;
  4. Backup de chaves privadas: faça backups de suas chaves privadas e seeds (frases de recuperação). Armazene esses backups em múltiplos locais seguros, como cofres, caixas de segurança ou gavetas com cadeado;
  5. Evite phishing: confira as URLs de sites antes de inserir suas informações e evite clicar em links suspeitos. Ataques de phishing tentam enganar usuários para revelar informações confidenciais;
  6. Mantenha software atualizado: atualize regularmente seu software de carteira e outros programas relacionados a criptomoedas. Atualizações corrigem vulnerabilidades de segurança conhecidas;
  7. Utilize redes seguras: não se mostra boa decisão acessar contas de criptomoedas através de redes Wi-Fi públicas. Opte pelas redes seguras e considere o uso de uma VPN para aumentar a segurança (ocultação de IP);
  8. Escolha exchanges confiáveis: são exchanges que implementam medidas de segurança robustas, como 2FA, armazenamento em cold wallets, criptografia de dados, auditorias de segurança e seguros contra invasões;
  9. Cuidado com armazenamento online: minimize o uso de carteiras baseadas em web wallets, especialmente para grandes quantidades de criptomoedas. Estas são mais vulneráveis a ataques virtuais;
  10. Não pare de buscar informações: por fim, mantenha-se informado sobre as melhores práticas de segurança e as novidades sobre ameaças cibernéticas. A segurança em criptomoedas está em constante evolução.
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