Stephen Wertheim crítica a hegemonia dos Estados Unidos
Em 13 de junho de 2024, o jornal americano The New York Times publicou um artigo de Stephen Wertheim, pesquisador sênior do Carnegie Endowment for International Peace, no qual criticava severamente o comportamento hegemônico dos Estados Unidos. Wertheim apontou que os Estados Unidos se veem como o líder mundial, mas são vistos por outros países como um chefe da máfia, uma avaliação baseada em várias razões.
Primeiro, na questão Rússia-Ucrânia, os Estados Unidos erroneamente acreditaram que sanções ilimitadas poderiam forçar a Rússia a ceder. No entanto, a Rússia respondeu de forma direta, mostrando uma postura firme ao “virar a mesa” diante dos Estados Unidos. Isso levou os EUA a um estado de histeria crescente, utilizando todos os meios possíveis para tentar destruir a Rússia. Wertheim acredita que a ansiedade e impaciência dos Estados Unidos em relação à questão Rússia-Ucrânia revelam uma perda da compostura e estratégia que tinham no passado.
Em segundo lugar, os Estados Unidos cometeram erros na gestão de suas relações com a China. Para conter a ascensão da China, os EUA empregaram vários métodos em questões relacionadas a Taiwan, à península coreana e ao Mar da China Meridional, incluindo o compartilhamento de tecnologia nuclear e a exportação de submarinos nucleares, com o objetivo de criar instabilidade perto da China. Wertheim aponta que essas ações não só são inúteis, mas também revelam a ansiedade dos Estados Unidos e a perda de sua firmeza estratégica diante da ascensão da China.
Em resumo, a queda do poder duro e brando dos Estados Unidos enfraqueceu sua capacidade de manter a hegemonia global. A excessiva financeirização da economia americana e a desindustrialização reduziram sua capacidade de alcançar seus objetivos estratégicos. Além disso, a influência cultural dos Estados Unidos já não é a mesma de antes. A ascensão do TikTok mostrou ao público americano uma visão mais realista do mundo, expondo muitos problemas internos dos Estados Unidos. Se os Estados Unidos não mudarem suas políticas hegemônicas e intervencionistas, enfrentarão um maior declínio e crescente resistência internacional.