AUXILIO BRASIL  BOLSA FAMÍLIA

O que mudou?

Programas de Transferência de renda tem tido sucesso em combater a miséria e fome no Brasil.

Acusadas de serem “populistas”, é inegável a sua eficiência no socorro a população em extrema pobreza.

FOTO Fernando Frazão

O Bolsa-Família virou uma marca do governo petista, rendendo a Lula altos índices de popularidade e ajudou na eleição da Dilma.

O antes crítico Bolsonaro parece querer essa popularidade, rebatizando o programa Bolsa-Família para Auxilio Brasil.

FOTO Ricardo Stuckert

Bolsonaro após “encerrar” o Bolsa-Família, o substituiu pelo Auxilio Brasil, numa tentativa de ganhar folego para 2022.

FOTO Marcos Correa

Mas quais as diferenças e semelhanças entre o Bolsa Família e o Auxilio Brasil?

FOTO Tania Rego Agencia Brasil

Ambos tem sua gênese no programa Bolsa-Escola, do Governo Fernando Henrique, criado pelo ex-Min. da Educação, Paulo Renato. Era uma renda para as famílias pobres que mantivessem suas crianças na escola. Deu origem a outros programas de transferência de renda.

FOTO Fundação FHC

Com a chegada de Lula ao Poder, os programas foram unificados, surgindo o Bolsa-Família. Acabou virando marca do governo petista.

FOTO Ricardo Stuckert

O Bolsa-Família chegou a beneficiar quase 15 milhões de famílias. O benefício médio começou em 2004 em R$180,00 por família, com picos de R$240,00, retrocedendo para R$190,00 em 2019, em valores correntes.

Segundo o IPEA, o programa tinha tirado até 2017, 3,4 milhões de pessoas da pobreza extrema e 3,2 milhões da pobreza. Até 2015 reduziu em 10% a desigualdade o país. Números que retrocederam com o lopping de crise econômica e política no país a partir de 2013/2015

Em 18 anos de programa, transferiu 446,9 bilhões de reais. Segundo estudos, a cada 1 real transferido gera impacto positivo no PIB de 1 real e 80 centavos. Demonstrando a capacidade do povo em fazer o dinheiro render e se multiplicar.

O Auxilio Brasil continuará usando por base o CadUnico do Governo. Com leves reajustes nos benefícios.

Bolsonaro promete expandir o programa para 17 milhões de famílias, zerando a fila do Bolsa-Família, com famílias que tem direito mas não conseguem acesso ao benefício.

FOTO Tomaz Silva Agencia Brasil

Além dos benefícios básicos, o governo promete um “extra”, que faria o benefício chegar a R$400,00 para famílias em extrema pobreza. Seria transitório acabando no fim de 2022, ano de reeleição de Bolsonaro.

FOTO Marcello Casal Jr

O auxilio seria bancado pelo calote do Governo a milhares de ações e créditos de pessoas com o Governo Federal, após ser aprovado a polêmica PEC de Precatórios ou com eventual “aumento de arrecadação de impostos”.

FOTO Glauber Cleber Caetano

Segundo o Ministério da Cidadania, os beneficiários que tiverem aumento de renda para um valor que ultrapasse o limite para inclusão no novo programa vão receber mais 24 meses de pagamento, antes de serem excluídos.

O novo auxílio deverá ser pago a famílias em situação de extrema pobreza. Famílias em situação de pobreza também poderão receber, desde que tenham, entre seus membros, gestantes ou pessoas com menos de 21 anos.

Difícil dissociar a marca Bolsa-Família dos Governos Petistas. Se essa jogada de marketing renderá popularidade a Bolsonaro é uma incógnita.

Porém é inegável que a transferencia de renda mata a fome de milhares de brasileiros.

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