NOVO PRESIDENTE DA PETROBRAS DEFENDE PREÇOS ALTOS

Pressionado pelo aumento dos combustíveis, o presidente Jair Bolsonaro resolveu trocar o presidente da Petrobras e destituiu o Gen.  Silva e Luna.

Foto: Zack/MCom

O escolhido por Bolsonaro foi José Mauro Ferreira Coelho. 

Entretanto, o novo presidente da PETROBRAS reiterou os compromissos da estatal com o a política de preço de paridade internacional (PPI) dos combustíveis, que gerou esse grande aumento, com os combustíveis na prática “dolarizados”.

A troca de presidente sem alterar a politica de preços dos combustíveis, teria sido um “jogo de cena” de Bolsonaro para dar satisfação aos eleitores mas sem desagradar o mercado financeiro?

“O que nos leva ao resultado de hoje, além da elevação do preço do barril de petróleo, é a gestão responsável. Não podemos nos desviar dos preços de mercado, 

uma condição necessária para a geração de riqueza, não só para a companhia, mas para toda a sociedade brasileira, para o país”, afirmou.

José Mauro afirmou que a política de preços como “fundamental” para atrair investimentos no Brasil e também para garantir o suprimento de derivados do petróleo que o Brasil importa, caso do diesel, gasolina e GLP.

Os comentários de Ferreira Coelho ocorreram um dia depois do presidente Jair Bolsonaro (PL) classificar o lucro da Petrobras como um “estupro”. Todavia, essa política de preços foi seguida por Bolsonaro durante todo seu governo.

A PPI foi implementada em 2016, durante o governo do então presidente Michel Temer (MDB), e baseia os custos dos combustíveis nas despesas de importação, que variam com o câmbio e incluem custos de transporte tarifas portuárias.

E foi mantida pelo governo de Jair Bolsonaro.

A grande alta no preço dos combustíveis tem gerado desgaste eleitoral a Bolsonaro.

Só a gasolina aumentou 157% no Governo Bolsonaro (març/22).

O gás de cozinha teve aumento de 100,1% (fev/2022)

O diesel aumentou 95,5% (fev/2022).

Irritado, Bolsonaro demitiu José Mauro com apenas 40 dias de presidência.

Nomeou Caio Paes de Andrade, homem de confiança de Paulo Guedes, visando acelerar a privatização da empresa.

MIGUEL DO ROSÁRIO Editor-Chefe

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