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Entrevista de Haddad ao R7

Haddad deixou claro, em vários momentos, que vai contrapor as realizações da administração da ex-prefeita Marta Suplicy, da qual ele participou, aos resultados dos oito anos da dupla José Serra-Gilberto Kassab no comando da cidade.

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Do blog do Kotscho, no portal R7

A estratégia central da campanha do candidato do PT à prefeitura de São Paulo, o ex-ministro da Educação Fernando Haddad, paulistano de 49 anos, já está definida.

Em entrevista exclusiva de 40 minutos que concedeu na terça-feira ao R7, Haddad deixou claro, em vários momentos, que vai contrapor as realizações da administração da ex-prefeita Marta Suplicy, da qual ele participou, aos resultados dos oito anos da dupla José Serra-Gilberto Kassab no comando da cidade.

“Eu lanço este desafio: comparem o que nós entregamos em quatro anos, com um terço do atual orçamento, ao que eles entregaram em oito anos”, afirmou o candidato petista, dando uma pista sobre como pretende conduzir a sua campanha.

Aliviado com a fracassada aliança do PT com o PSD de Kassab, que na verdade ele nunca quis, Haddad agora está à vontade em seu discurso de oposição e mudança, com os números na ponta da língua para comparar os governos de Marta e Serra-Kassab.

“Estão faltando leitos nos hospitais, os corredores de ônibus pararam, os CEUs foram paralisados. Em quatro anos, entregamos 21 CEUs, e eles, no segundo mandato, não entregaram nenhum”.

Na acanhada sede do PT municipal, no centro velho da cidade, onde está instalado provisoriamente, com poucos assessores, enquanto o partido não providencia um comitê eleitoral, Haddad até que está bem animado com o desafio de enfrentar o tucano José Serra em sua estreia nas urnas.

Mesmo sem ter fechado até agora nenhuma aliança importante, nem mesmo com os parceiros habituais do PT, sem definir até agora sequer quem serão os coordenadores da sua campanha, patinando em 3% nas pesquisas, o candidato não parece ter pressa para colocar a campanha nas ruas.

“Nada substitui o horário eleitoral que, aí sim, você tem condições de se apresentar. Cada vez mais, o eleitor deixa para decidir na última hora, sobretudo em eleições municipais. Nos últimos dias, o voto migra, se consolida. A Luiza Erundina largou com 1% de intenção de voto e foi eleita prefeita”.

Em contraponto a Serra, Haddad quer desnacionalizar a campanha paulistana, procurando centrar o debate na discussão dos problemas e das soluções para a cidade. “Nosso principal adversário tem grande dificuldade de discutir a cidade porque toda a sua vida foi dedicada a discutir os temas nacionais. E toda a carreira deste candidato, José Serra, foi pensada para chegar à Presidência. Mesmo nas declarações mais recentes dele, o salvo é sempre o governo federal”.

Por aí se pode ter uma ideia de como será dará mais um embate entre PT e PSDB, os partidos que têm monopolizado as eleições em São Paulo nas últimas duas décadas. Haddad agora quer jogar o prefeito Gilberto Kassab e seus altos índices de rejeição no colo de Serra.

“Não há clima de continuidade. Inclusive o próprio José Serra tem dificuldade em se apresentar como um candidato da continuidade de uma administração que ele, mal ou bem, forjou. A equipe é a mesma as diretrizes são as mesmas”.

Enquanto aguarda a volta aos palanques políticos de seu principal cabo eleitoral, o ex-presidente Lula, Haddad garante que o partido está unido, e suas relações com a ex-prefeita Marta Suplicy são muito cordiais. “Marta já disse que, no momento oportuno, quando for o caso, ela estará ao meu lado, ao lado do presidente Lula, da presidente Dilma. Não vejo nenhuma dificuldade”.

Veja abaixo a íntegra da entrevista e o vídeo do nosso encontro com o candidato Fernando Haddad.

Leia aqui a íntegra da entrevista.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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