Explode aprovação à Dilma Rousseff

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O CNI-IBOPE divulgou hoje a pesquisa sobre a aprovação do governo federal e da presidente Dilma. Houve um forte aumento da aprovação pessoal da presidente da república.

Eu faço uma análise detalhada da pesquisa a seguir.

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A pesquisa do CNI-Ibope vem dividida em três relatórios.

1) Relatório Síntese, 2) Relatório Detalhado, 3) Comparativo Dilma X anteriores

 

Se quiser comparar com o último ano do governo Lula, confira este relatório de dezembro de 2010.

Abaixo, destaco tabelas ou gráficos que trazem os dados mais curiosos.

O salto na aprovação foi puxado por um salto de 6 pontos no Sudeste e também 6 no Nordeste. Houve um momento, em setembro de 2011, que o Sul apresentou maior aprovação que o Nordeste, mas essa situação agora voltou ao padrão já observado na era Lula.

O que os pesquisadores notaram é o descolamento da presidente do resto de seu governo.

 

Aí está uma explicação para a presidente ser tão popular, mas seus ministros, não. Todos os ministros têm sido alvo de críticas pesadas, provavelmente porque eles lidam com problemas reais de gestão, enfretando uma burocracia pesada e ainda despreparada para os grandes desafios que se impõem ao desenvolvimento nacional.

Entretanto, o fator mais curioso na pesquisa, e que explica muita coisa, é a popularidade de Dilma entre os mais ricos (que na realidade é o que chamamos de classe média média pra cima). Entre os que possuem renda familiar superior a 10 salários, Dilma registrou popularidade de 79%, contra 77% na média. Mas ela também é muito popular entre os mais pobres (tem 76% a 78% em todas as faixas de renda inferiores).

Na verdade, não é tão surpreendente assim se lembrarmos que Lula chegou a gozar de 79% de popularidade entre essa mesma faixa (mais de dez salários) em seu auge (dez/10); nesse período, Lula chegou a 91% de popularidade entre os mais pobres.

A atual aprovação de Dilma é superior à quase toda trajetória de Lula no governo. O ex-presidente só tem números mais fortes ao final do seu segundo mandato. Em dezembro de 2010, a popularidade de Lula atingiu 87% de aprovação, e seu governo, 80%. Mas Lula surfava na aura da vitória eleitoral de sua candidata e o país registrava, aquele ano, um crescimento econômico jamais visto em décadas.

Abaixo, o comparativo entre os presidentes:

Os analistas do Ibope sugeriram que o aumento da popularidade da presidente pode ter se beneficiado da percepção positiva de que ela estaria enfrentando o fisiologismo partidário, o famoso toma-lá-dá-cá. A firmeza de Dilma foi bem recebida. O próprio noticiário passou a lhe dar um tratamento melhor.

Essa pesquisa surge em boa hora para dar força a presidente em sua relação com o Legislativo. Colunistas políticos e editoriais que fizeram uma espécie de terrorismo político, advertindo para um desmoronamento da base aliado, terão que rever suas posições. Antes mesmo dessa pesquisa, o Congresso já deu mostras de notável disciplina, ao aprovar a Lei da Copa e a nova previdência do funcionalismo público. Hoje a imprensa informou que o PR decidiu voltar à base do governo.  A crise entrou em crise.

Falta apenas a Dilma resolver o problema do PDT e escolher quem será o ministro do Trabalho, mas ela provavelmente espera algum sinal do próprio partido, que vive uma crise existencial doméstica para saber qual é o melhor nome, se Vieira Cunha, se Brizola Neto.

Por fim, vale destacar três gráficos:

 

 

Os programas sociais voltados para as mulheres foram o assunto mais lembrado.  Ainda esperamos dados consolidados sobre redução da mortalidade materna. Os preliminares indicam uma queda de 19% em 2011. Caso confirmado, teremos uma notícia positiva concreta, e não apenas informações sobre o marketing bem feito do governo.

O noticiário desfavorável caiu para 14% segundo os entrevistados. Note que isso a mídia popular representa a maioria dessa percepção. A maioria das pessoas não lê os sempre ranzinzas editoriais do Estadão.

 

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Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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