O “rolezinho” de Joaquim Barbosa em Londres (com dinheiro público)

Pois é, enquanto imprensa e blogosfera iniciam um debate confuso sobre os “rolezinhos”, repleto de paranoias, segundas intenções e interesses políticos e eleitorais, o nosso presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Joaquim Barbosa, de férias na Europa, passa longe desta polêmica enfadonha e algo perigosa. 

O “rolezinho” de Barbosa acontece em Londres e Paris, bancado com dinheiro público.

A grande imprensa só noticiou o fato porque o repórter Felipe Recondo, o mesmo que foi insultado brutalmente por Barbosa (que lhe disse para “chafurdar no lixo”, e nunca lhe pediu desculpas), descobriu a mamata.

Barbosa arranjou convenientemente palestras nas duas capitais para receber R$ 14 mil em diárias e despesas.

Que rolezinho manero, hein!

Pena que os colunistas da grande imprensa jamais explorarão o fato. A Globo, por exemplo, apesar dos bilhões que recebe do Estado em publicidade oficial, jamais informou seu público que Barbosa adquiriu um apartamento em Miami usando um artifício questionável: abriu uma corporação, chamada Assas JB Corporation, para pagar menos impostos. E usou como referência um imóvel funcional onde residia em Brasília, numa operação descaradamente ilegal.

No Brasil é assim. Juízes dão “jeitinho” para comprar um imóvel em outro país, dão “rolezinhos” em Londres e Paris com dinheiro do contribuinte, mas quem é linchado pela mídia é Genoíno, que não tem imóvel em Miami, não dá rolezinho na Europa com dinheiro público, e não tem filho empregado na Globo.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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