A baixeza inacreditável de Joaquim Barbosa

Antes de tudo, assista ao vídeo, de apenas 5 minutos, em que Barbosa ataca violentamente seus próprios colegas. Não satisfeito em ter, na véspera, agredido de maneira vil o seu colega Luís Roberto Barroso, o presidente do STF desta vez volta à carga, agredindo a tudo e a todos.

Não há palavras para descrever a baixeza de Barbosa. Quer dizer que as decisões do STF só tem valor quando estão de acordo com a opinião dele, de Joaquim Barbosa?

Estarrecedor, constrangedor, vergonhoso. O ódio apoplético com o qual Joaquim Barbosa lê seu voto deixa bem claro que não se trata de um magistrado isento, preocupado em julgar acima das paixões políticas.

Barbosa ofende profundamente o voto de seus pares. Não insinua, faz um ataque direto à honra dos juízes que ousaram discordar de sua opinião. Faz um ataque vil, hediondo, inacreditável, à presidência da república e ao senado, que escolheram os novos ministros, acusando Executivo e Legislativo de conspirarem para libertar petistas.

“Sinto-me autorizado a alertar o Brasil”, diz Barbosa. Quem o autorizou? E desde quando o Brasil pediu sua opinião? Você é um juiz, Barbosa, o pior juiz do Brasil, mas ainda assim, um juiz. Não tem que dar nenhum pitaco sobre política, sobre a qual você não entende nada.

É bizarro. Parece que Barbosa está lendo um editorial que lhe foi enviado por seus patrões do Jardim Botânico.

Não sei o que é pior, se a acusação leviana e irresponsável contra a presidência da República e o Senado, ou se é a agressão brutal à dignidade pessoal da maioria de seus colegas, tratados como se não tivessem o direito de discordar.

São ataques insanos, incoerentes, desrespeitosos. Agora ninguém mais pode criticar os blogueiros por “criticarem ministros do STF”, conforme temos ouvido por aí. O próprio presidente da corte se encarregou de fazer a crítica mais venenosa e ofensiva de todas.

Foi um discurso político e partidário que apenas faria algum sentido na boca de um desclassificado qualquer da oposição. Roberto Freire, por exemplo.

Na boca de um presidente da corte suprema, soou como alguém preparado para tudo, inclusive para chancelar um eventual golpe de Estado.

A auto-desmoralização de Joaquim Barbosa chegou em bom momento.

Agora é torcer para que esta besta fera, este sociopata político, saia logo da cadeira que ocupa e deixe o lugar vago para uma pessoa mais equilibrada.

E torcer também para Dilma tenha aprendido a lição e ponha alguém que tenha coragem para suportar as pressões da mídia.

Charge Aroeira, jornal O DIA

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.