Deputado critica “mau caratismo” da oposição e denuncia “operação armada” do TCU para derrubar a presidente

O deputado Jorge Solla (PT-BA) subiu à tribuna da Câmara nesta tarça-feira (13) para criticar o moralismo seletivo da oposição. 

Ao longo de um discurso de três minutos, Solla denunciou a farsa construída em torno das chamadas “pedaladas fiscais”. Na avaliação do deputado, a rejeição das contas da presidenta Dilma foi uma “operação armada” entre membros do Tribunal de Contas da União e a grande mídia.

“Inventaram que as contas da Caixa Econômica e do Banco do Brasil não podem ficar um dia sequer negativas, porque o Governo tem que estar sempre depositando recursos antes de serem feitos os pagamentos”

Para Solla a criação da figura das “pedaladas” é que irá entrar para a história como um escândalo de articulação da política de um tribunal “que deveria ser técnico”, pois tal exigência do TCU jamais foi feita a outros governos

“Todos os governos, de todas as esferas de governo, trabalham as contas bancárias dos repasses dos seus compromissos com altos e baixos no fluxo financeiro”, explicou.

O deputado baiano ainda criticou o presidente da Câmara, Eduardo Cunha (PMDB-RJ), por seu envolvimento em atos de corrupção denunciados pelo Ministério Público Federal e pelas autoridades suíças, e alertou que a gestão de Cunha é descaradamente apoiada pelos partidos da direita conservadora, com PSDB e DEM à frente de um tentativa de golpe.

“Eles o fizeram conscientemente, fizeram com o único e exclusivo objetivo de criar instabilidade política, de adotar a filosofia do quanto pior, melhor, de fazer oposição ao Brasil, de criar dificuldades e tentar viabilizar o impeachment da presidente Dilma”, disse.

As tentativas frustradas de se investigar Cunha – que conta com a proteção sistemática de setores da Polícia Federal, do Ministério Público, do Judiciário e na Câmara dos Deputados – também foram mencionadas por Solla.

“Em 2006, a Polícia Federal foi tentar conseguir no Supremo autorização para investigar essas remessas para o exterior de recursos oriundos da corrupção de Eduardo Cunha. Depois de 9 anos, após o processo passar por nomes como o de Gilmar Mendes, nada foi apurado”, lamentou o parlamentar.

“Eles não contavam que, mesmo com a blindagem no Supremo, com a blindagem na Polícia Federal, com a blindagem no Ministério Público, com a blindagem na CPI da Petrobras, o Ministério Público da Suíça iria investigar. Graças ao Ministério Público da Suíça nós sabemos hoje que não são 100 mil ou 200 mil dólares, são milhões de dólares em contas bancárias”, acrescentou, para em seguida comparar a situação de Cunha com a da presidenta.

“A Presidenta Dilma, que tem meses que os senhores fuçam tudo, que a Polícia Federal, o Ministério Público, a CPI, tentam de todas as formas achar uma razão para o impeachment da Presidenta, até agora acharam o quê? As famosas pedaladas fiscais”, ironizou.

“Eu quero ver a cara de pau dos líderes da oposição de chegar a esta tribuna e dizer que não vão cassar Eduardo Cunha, que roubou, que está com dinheiro em conta na Suíça, e vão querer cassar a presidente porque pagou os compromissos com a população, com o Bolsa Família, com a população mais pobre. Desviar dinheiro para a Suíça para pagar as contas da esposa de Eduardo Cunha pode, isso não é crime. Agora, pagar o Bolsa Família é motivo de impeachment?”, questionou.

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