Investimentos estrangeiros diretos somam R$ 262 bilhões em 12 meses

[s2If !current_user_can(access_s2member_level1) OR current_user_can(access_s2member_level1)]
É uma luta de gigantes.

De um lado, aqueles que, inclusive a pretexto de combater a corrupção, tentam destruir o Brasil a qualquer custo. Ou seja, o Brasil perde investimentos e empregos por causa da corrupção, e depois mais ainda por causa da irresponsabilidade das autoridades que combatem a corrupção, que usam o Estado para vendetas políticas.[/s2If]

[s2If !current_user_can(access_s2member_level1)]
Atenção, você não está logado. Para continuar a ler, você precisa fazer seu login como assinante (na coluna da direita; ou abaixo da seção de comentários, se você estiver lendo pelo celular). Confira aqui como assinar o blog O Cafezinho. Se já foi um assinante, temos promoções especiais. Entre em contato com a Flavia, no assinatura@ocafezinho.com. [/s2If]

[s2If current_user_can(access_s2member_level1)]

De outro lado, aqueles que tentam, efetivamente, salvar o Brasil de seus urubus internos e externos.

Publico abaixo, alguns trechos do relatório do Banco Central divulgado hoje, sobre as contas externas do Brasil.

Por incrível que pareça, mesmo na conjuntura apocalíptica que vivemos, as notícias são boas. Os investimentos estrangeiros cresceram, as reservas internacionais subiram e a dívida externa caiu.

“Os investimentos diretos no país propiciaram ingressos líquidos de US$6,7 bilhões, dos quais US$5,8 bilhões em participação no capital, incluídos US$1,1 bilhão decorrentes de reinvestimento de lucros; e US$941 milhões em operações intercompanhias. Em doze meses, os ingressos líquidos dos investimentos diretos no país somaram US$70,7 bilhões, equivalentes a 3,84% do PIB.”

(…)

As reservas internacionais no conceito liquidez totalizaram US$371 bilhões em outubro de 2015, aumento de US$360 milhões em relação ao mês anterior. No mês, o estoque de linhas com recompra atingiu US$9,7 bilhões, acréscimo de US$500 milhões em relação à posição de setembro. A receita de remuneração das reservas somou US$224 milhões. As variações por preços reduziram o estoque em US$329 milhões e as variações por paridades o elevaram em US$507 milhões. No conceito caixa, o estoque de reservas atingiu US$361,2 bilhões em outubro, redução de US$140 milhões em relação ao mês anterior.

III – Dívida externa

A posição da dívida externa bruta estimada para outubro totalizou US$350,3 bilhões, redução de US$355 milhões em relação ao montante estimado para setembro. A dívida externa estimada de longo prazo atingiu US$286,5 bilhões, aumento de US$233 milhões, enquanto o endividamento de curto prazo somou US$63,8 bilhões, redução de US$588 milhões no mesmo período.

***

Os estrangeiros têm uma visão do Brasil bem diferente de nossos vira-latas. Os números do Banco Central revelam que, nos últimos 12 meses, os investimentos diretos, aqueles que se direcionam à produção e não à especulação em bolsa, atingiram US$ 70 bilhões, ou R$ 262 bilhões.

O Banco Central parou de elevar os juros. A última informação que se tem de inflação são os preços ao produtor, divulgados há pouco pelo IBGE:

A inflação para o produtor caiu de setembro para outubro, sinalizando que poderá declinar para o consumidor no mês corrente.

O último IGP-10, índice da Fundação Getúlio Vargas que mede os 10 primeiros dias do mês, registrou 1,64% para novembro, uma suave desaceleração sobre o mês anterior, quando chegou a 1,88%.

Nesta sexta-feira 27, sai o IGP-M, também da FGV, um índice importante para a inflação no país.

Os dados que mais preocupam referem-se ao desemprego, que está crescendo, embora o processo tenha desacelerado no terceiro trimestre do ano, segundo o IBGE.

Quanto à crise política, é inacreditável que, após todo os esforço dos movimentos sociais, centrais, partidos, pessoas comuns, na luta contra o golpismo, o maior golpe contra o governo tenha vindo de dentro do governo, na figura de um senador corrupto que pertencia ao próprio partido do governo. Mais, que era líder do governo no Senado!

É muito difícil analisar o quadro político neste momento. A tendência é que, após uma ou duas semanas de turbulência, a situação se acalme no Congresso Nacional, mas evidentemente tudo dependerá da habilidade do governo para gerir uma crise que não é mais política, e sim uma profunda crise ética instalada no seio do Executivo e do próprio partido dos trabalhadores.

Não basta apenas rechaçar o senador preso. É preciso oferecer respostas inteligentes à sociedade, no campo da transparência financeira de cada filiado ao partido, de cada parlamentar. Transparência nas verbas usadas dentro do partido. Democracia interna. Enfim, a reforma política, a luta pela ética, a chamada democratização da democracia, conceitos tão em voga ultimamente, deveriam ser aplicadas ao PT.

A resposta do PT não pode ser apenas retórica. Tem de haver mudanças mais consistentes, para salvar o pouco que resta de prestígio àquele que já foi um dos principais partidos de esquerda do mundo.
[/s2If]

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
Related Post

Privacidade e cookies: Este site utiliza cookies. Ao continuar a usar este site, você concorda com seu uso.