Governador do Rio, do PMDB, sai em defesa de Dilma

08-04-2014 - Brasília - Brasil - Governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando de Souza Pezão, após encontro com a presidenta Dilma Rousseff, no Palácio do Planalto (José CruzAgência Brasil)

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão, que administra o principal patrimônio político do PMDB no país, está desde cedo dando entrevistas freneticamente, para redes de rádios, jornais e TV, atacando o impeachment e defendendo o mandato de Dilma Rousseff.

Pezão está indignado com o golpismo sujo e irresponsável de Eduardo Cunha.

Trecho de entrevista de Pezão:

“Lamentável que a gente vá para o segundo ano tendo que discutir impeachment, quando o país está precisando que as pessoas se entendam. Respeitem o resultado das urnas. E crie uma pauta positiva para o país. As pessoas estão perdendo emprego. Estamos indo para uma taxa de desemprego de dois dígitos. Precisamos fazer uma pauta positiva. Acho que essa não é a pauta”, afirmou Pezão.

Somando-se a posição de Pezão à fala de ontem de Leonardo Picciani, líder do PMDB na Câmara, que também atacou o impeachment, afirmando que não há “razão jurídica”, a posição de Eduardo Cunha parece estar isolada em seu próprio partido.

Claro que tem gente no PMDB defendendo o impeachment, mas são os membros mais atrelados à Eduardo Cunha, ou seja, a ralé da ralé.

Até o momento, o maior defensor do impeachment é mesmo Merval Pereira, colunista âncora da Globo. Entretanto, até mesmo entre os jornalistas da Globo, o assunto está rachado: os que ainda guardam um pouco de apreço pela democracia, como Jorge Bastos Moreno, já se manifestaram contra o impeachment e contra Cunha.

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No G1.

03/12/2015 09h57 – Atualizado em 03/12/2015 10h52
Impeachment de Dilma ‘não ajuda o país’, afirma governador do RJ

Pezão ressaltou que Brasil já perdeu um ano sem crescer.

Ele ainda ressaltou que situação é diferente da do ex-presidente Collor.

Por Marcelo Elizardo
Do G1 Rio

O governador do Rio de Janeiro, Luiz Fernando Pezão (PMDB), afirmou que a abertura do processo de impeachment contra a presidente Dilma Rousseff “não ajuda o país”, nesta quinta-feira (3), durante uma vistoria a estação de Metrô no Leblon, Zona Sul do Rio. “Não ajuda o país. O país não precisa disso. Já perdemos um ano. Um ano onde a racionalidade não operou na câmara federal. Passamos um ano sem o país crescer, pessoas perdendo o emprego”.

Ele ainda afirmou que a situação vivida no impeachment do ex-presidente Fernando Collor de Mello foi bem diferente da atual. “Não dá pra comparar (com Collor). Muito diferentes. Uma pessoa séria com dificuldades de governabilidade, ela (Dilma) é uma pessoa acima de qualquer dúvida sobre sua vida. Pessoa muito séria”, defendeu Pezão.

Para que o processo de impeachment siga adiante, dois terços dos 513 deputados da Câmara Federal precisam votar a favor. Pezão negou que possa articular com deputados do Rio uma votação contrária ao afastamento de Dilma do cargo. “Eu não tenho esse poder. Eu não tenho esse poder de ter peso na bancada federal. O apelo que faço aos deputados e senadores do Rio é que a gente termine rapidamente com esse processo e dê governabilidade ao país”, disse o governador, que disse ainda que vai ligar para Dilma para passar sua solidariedade.

“Quero colocar a minha solidariedade a ela. Me colocar à disposição. No que eu puder ajudá-la, eu vou fazer”, disse.

O governador comemorou ainda aprovação do ajuste fiscal na Câmara Federal. Segundo ele, isso vai ajudar na liberação de repasses do governo federal ao estado. Mas reclamou das pautas debatidas no Congresso este ano.
“Lamentável que a gente vá para o segundo ano tendo que discutir impeachment, quando o país está precisando que as pessoas se entendam. Respeitem o resultado das urnas. E crie uma pauta positiva para o país. As pessoas estão perdendo emprego. Estamos indo para uma taxa de desemprego de dois dígitos. Precisamos fazer uma pauta positiva. Acho que essa não é a pauta”, afirmou Pezão.
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Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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