O surgimento de uma frente internacional

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Análise Diária de Conjuntura – 30/05/2016

Tem ocorrido algumas coisas em nosso país tão absurdas que fica difícil de acreditar. A começar pelo golpe: um punhado de corruptos, machistas, racistas, homofóbicos e, sobretudo, antipovo, derrubam uma presidenta honesta e profundamente comprometida com a segurança social do povo brasileiro.[/s2If]

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De um lado, setores truculentos do Estado, sem nenhum tipo de escrúpulo constitucional: interpretam as leis sempre contra os direitos e garantias fundamentais, porque esses direitos atrapalham, sempre, os processos judiciais que eles precisam levar adiante para consumar a violação da vontade popular.

De outro, uma mídia inacreditavelmente desonesta, também sem nenhum tipo de comprometimento com os princípios democráticos. Pior: em nome do golpe, a imprensa brasileira deixa de lado inclusive os seus valores liberais, apoiando medidas restritivas à liberdade, às garantias, ao direito de defesa.

Wanderley Guilherme dos Santos já escrevia, em seus livros, sobre esse falso e bizarro liberalismo das elites brasileiras, que discursavam em favor da liberdade de dia e estupravam suas escravas à noite.

Ficou difícil atacar individualmente as loucuras do governo Temer. Agora elas vêm no atacado. A gente critica um projeto de lei, uma demissão, um corte, e aparecem dezenas no dia seguinte.

Não há nenhuma preocupação em dar estabilidade aos programas sociais. É como se o cidadão não existisse. O governo existe para oferecer estatísticas às forças obscuras do mercado financeiro.

O “rombo” do orçamento é inflado diariamente, para justificar mais cortes, num processo violentíssimo de chantagem, que já assistimos, aliás, durante todo o período neoliberal.

A opinião pública é literalmente engambelada com uma série de argumentos e estatísticas distorcidos, expressos em linguagem empolada, de maneira a remover o cidadão de qualquer processo decisório sobre a economia e a política.

A violência maior nesse processo, naturalmente, é eliminar a soberania popular, impondo um programa neoliberal duríssimo, que não foi votado pelo povo.

A opinião do povo não é aceita como válida pelos tecnocratas endeusados pela mídia, e por razões óbvias, para fazer a caixa do Estado se voltar exclusivamente para o interesse dos plutocratas ligados ao mercado financeiro, que não tem preocupação sequer com a saúde da nossa indústria de base.

Aliás, a indústria de base está sendo devidamente liquidada, em nome de uma luta contra a corrupção que ela sim, é a mais corrupta de todos.

Nos últimos dias, estive em Londres, em reunião com acadêmicos importantes do Reino Unido, que tem fortes vínculos com o movimento sindical e o partido trabalhista inglês.

Vem crescendo a preocupação do campo progressista europeu com o que vem acontecendo no Brasil. A imposição forçada de um programa neoliberal ajuda a esquerda europeia a entender que houve um golpe, porque é para isso que se fazem golpes: para mudar bruscamente, violentamente, orientações políticas até então determinadas pela vontade popular.

A mídia brasileira está histérica com isso, mas vai ficar ainda mais, porque a reação ao golpe em nosso país tende a crescer, sobretudo se o governo Temer continuar agindo da maneira como está agindo, e os setores golpistas persistirem na agenda de repressão às liberdades, postura típica de uma ditadura, como se vê na perseguição crescente aos blogs e aos jornalistas progressistas, processados, demitidos, asfixiados financeiramente…

Até onde chegarão?

Eu volto ao Brasil na quinta-feira, trazendo novidades. Até lá, o Cafezinho fica, talvez, um pouco ralo e misturado com leite… [/s2If]

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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