Teori Zavascki manda recado para Sergio Moro: ‘o importante não é só ser, mas parecer’

Foto: Nelson Jr./SCO/STF

O assessor Manoel Lauro Volkmer de Castilho do ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Teori Zavascki, pediu exoneração nesta terça-feira (2), após a repercussão do manifesto no qual advogados defenderam o recurso do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva ao Comitê de Direitos Humanos da Organização das Nações Unidas (ONU).

Manoel Lauro Volkmer de Castilho foi um dos 64 assinantes do manifesto (relembre aqui) e o ministro Teori Zavascki aceitou sua demissão.

Ao explicar a decisão, Teori Zavascki, que julga a Lava Jato e o juiz Sergio Moro, soltou a seguinte nota (provavelmente endereçada a Moro):

“(Manuel Castilhos) É uma figura fora de série, um profissional de altíssimo nível, eu compreendo as razões pelas quais ele assinou esse manifesto. Ele foi consultor-geral da União, mas para evitar constrangimento ele tomou a iniciativa de pedir exoneração do cargo e eu aceitei”, explicou o ministro.

“Eu acho que o problema que tem é que não se pode separar a figura das convicções pessoais dele, inclusive tendo servido como consultor-gral da união, com o atual cargo que ele ocupa, trabalhando no Supremo, em gabinete. O conteúdo do documento pode aparentemente fazer com que se façam leituras incompatíveis. Ele percebeu isso e tomou a iniciativa”, emendou.

“Para todos os efeitos, o importante não é só ser, mas parecer”, completou.

Redação:
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