CCJ: Feliciano revela motivo da oposição ter desistido de chamar Dino

Brasíli-a DF- Brasil- 12/09/2016- Sessão de votação do pedido de perda de mandato do deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ). Cunha fala a imprensa após confirmação de sua cassação. Foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados

E agora?

Por Ricardo Azambuja

13 de setembro de 2016 : 12h36

Foto: Luis Macedo/ Câmara dos Deputados

por Ricardo Azambuja, colaborador do Cafezinho

Ninguém é insubstituível. Nem um Pablo Escobar, nem um Eduardo Cunha. O último suspiro de um é a morte; do outro, a cassação. Esta última com tamanha quantidade de votos de outrora “amigos” que traduz-se em traição de pares, punida com a morte no narcotráfico e com m… no ventilador na arena política.

O alcance e tamanho do estrago que fará Cunha agora dependerá de seu desejo de vingança e da atuação do judiciário, que até então tem se mostrado focado no PT. Isso pode mudar com a nova diretriz estratégica da grande mídia, que já começa a estampar em capas e telejornais indicativos de que o novo governo tenta abafar a Lava Jato. Temer sofrerá respingos ou até granizo se a campanha por Diretas Já continuar a crescer e se espalhar pelas ruas do país.

Numa análise bastante lúcida, que leva em conta que a arquitetura do golpe parlamentar contra Dilma originou-se nos escritórios de Wall Street e em órgãos de inteligência americanos, com “amigos” confidentes brasileiros na política, mídia e judiciário, escolhidos a dedo para implantar um modelo mais acessível à fome do grande capital internacional, a continuidade da fama de corruptos escancarada na cara de boa parte de nossos políticos é um peso enorme para as mudanças nada sutis que os neoliberais querem emplacar.

De outro lado, ainda resta os que acreditam que a pressão popular vai se dissolver no tempo, assim como suas falcatruas serão perdoadas e esquecidas, um retorno da confortável impunidade secular da elite tupiniquim. Para apressar esse processo, baseiam-se na “teoria do louco” – uma estratégia cunhada por ninguém menos que Richard Nixon, em que os líderes cultivam uma imagem de beligerância e imprevisibilidade para forçar os adversários a ser mais cuidadosos. O reflexo disso está nas ruas, na injustificada violência policial contra os manifestantes do Fora Temer.

Apoie O Cafezinho

Crowdfunding

Ajude o Cafezinho a continuar forte e independente, faça uma assinatura! Você pode contribuir mensalmente ou fazer uma doação de qualquer valor.

Veja como nos apoiar »

6 comentários

Os comentários aqui postados são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião do site O CAFEZINHO. Todos as mensagens são moderadas. Não serão aceitos comentários com ofensas, com links externos ao site, e em letras maiúsculas. Em casos de ofensas pessoais, preconceituosas, ou que incitem o ódio e a violência, denuncie.

Escrever comentário »

carlos

13 de setembro de 2016 às 18h06

Agora é acordar aquele cunhado reaça que ainda não percebeu que ele e os filhos vão trabalhar 12 horas por dia, sem férias, sem FGTS e sem décimo terceiro. Ou vai todo mundo pra rua lutar agora ou vai todo mundo pra rua do emprego!

Responder

Rachel

13 de setembro de 2016 às 18h06

Como é difícil ser brasileira….

Responder

Antonio Passos

13 de setembro de 2016 às 14h42

Desculpe mas lembrei de uma frase antiga, muito vulgar, mas digna desta republiqueta: E agora ? Caga na mão e bota fora.
O Brasil já era, foi destroçado pela classe média mais canalha do mundo e o povo mais idiotizado do planeta.

Responder

Homero Mattos Jr.

13 de setembro de 2016 às 13h39

“o povo, unido,…”

Responder

    Octavio Filho

    13 de setembro de 2016 às 16h24

    Disse tudo!!

    Responder

    Mordaz

    14 de setembro de 2016 às 11h58

    Gostei!

    Responder

Deixe um comentário