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Depois de servir ao golpe costurado pela Lava Jato e mídia, Youssef é solto

Principais ladrões da Petrobras já estão todos soltos, após cumprirem acordo de devastar PT, Petrobras, empresas estratégicas e ajudarem a derrubar o governo eleito. Em Folha de São Paulo Contribuição de Youssef para devastar PT foi substanciosa, à altura de pacto Por Jânio de Freitas É um homem rico. Especialista em lidar com dinheiro alto, […]

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Brasil, Curitiba, PR. 13/11/2003. O doleiro Alberto Youssef (c), de 36 anos, é conduzido por policiais federais após prestar depoimento à Justiça Federal, em Curitiba (PR). Youssef estava preso acusado pelo Ministério Público Federal de ter sonegado cerca de R$ 118 milhões (valor atualizado) em impostos, por meio da empresa Youssef Câmbio e Turismo, durante os anos de 1996 e 1999. O doleiro também teria movimentado cerca de R$ 3,3 milhões em uma conta de sua cunhada, Cristina Fernandes da Silva, no Banestado de Nova York, igualmente denunciada. Ele era alvo de denúncias por crimes contra o sistema financeiro e a ordem tributária, além de formação de quadrilha e falsidade ideológica. - Crédito:ANIELE NASCIMENTO/AGÊNCIA DE NOTÍCIAS GAZETA DO POVO

Principais ladrões da Petrobras já estão todos soltos, após cumprirem acordo de devastar PT, Petrobras, empresas estratégicas e ajudarem a derrubar o governo eleito.

Em Folha de São Paulo

Contribuição de Youssef para devastar PT foi substanciosa, à altura de pacto

Por Jânio de Freitas

É um homem rico. Especialista em lidar com dinheiro alto, próprio e alheio, na obscuridade de canais secretos, é natural o seu silêncio sobre a dimensão da sua riqueza.

Os indícios são suficientes. E a verdade é que ninguém cuidou de identificá-la, em um pacto de interesses entre quem deveria fazê-lo e aquela espécie de Ali Babá que tem atuado, ao longo da vida, com muitas vezes mais do que os 40 da lenda de seus antepassados.

Esse homem rico teria muito o que contar, até para que o Brasil colaborasse com esforços de países mais sérios sobre a especialidade do nosso herói. Mais não disse nem lhe foi perguntado, no entanto, além da missão de um só alvo que seus inquiridores se deram. Ou receberam, de dentro ou de fora.

Por isso, dada por satisfeita a lenta curiosidade que se espichou por dois anos e oito meses, o homem rico volta hoje ao gozo da vida, que para isso lhe tem servido a riqueza.

Alberto Youssef, a rigor, não poderia voltar agora aos seus ambientes. Na grande bandalheira feita por meio do Banestado, do Paraná, cuja apuração e punição nunca chegou ao verdadeiro fim, Youssef recebeu o prêmio de uma delação privilegiada que, porém, significava o compromisso de não voltar ao crime. Ou perderia aquele e qualquer outro benefício futuro.

Delinquente desde a adolescência, Alberto Youssef logo voltaria ao tráfico, pelo menos de dinheiro. Preso outra vez, não poderia ver repetido o privilégio que já traíra. Mas recebeu-o do mesmo Sergio Moro.

Sua contribuição para devastar a Petrobras do pré-sal, o PT e Lula foi substanciosa, sem dúvida. À altura de um pacto. Todos os contribuintes para essa missão vão recebendo o seu prêmio de liberdade e reencontro da vida afortunada. Nenhum é de classe social/econômica desprivilegiada. O que torna ridícula a ideia propagada de que a operação que os incomodou traz ao Brasil a inovação de uma Justiça sem olhares diferenciados para as classes.

Ao contrário, são processos em que um artifício privilegia com a liberdade fácil os implicados da classe social/econômica imune ao que chama, para os de outras classes, de “rigores da lei”. O crime não compensa para uns, mas continua compensando para outros.

Com Marcelo Odebrecht e Léo Pinheiro (OAS) o que se passa é a resposta à maior resistência de ambos às formas de coerção –nenhuma moralmente legítima– para entregarem o que faz jus ao prêmio. O mesmo que se passa com outros alheios a delações. O conceito de privilégio está arraigado também na concepção de moralidade judicial que conduz a “nova fase” do Brasil.

Procuradores dessa “operação” correram agora à Câmara, para pressionar o deputado gaúcho Onyx Lorenzoni a retirar, em um relatório seu, a extensão a juízes e procuradores da possibilidade de processo por crime de responsabilidade.

Contra a sua impunidade por abusos (“excessos de boa-fé”, dizem) não aceitam nem as restrições que valem para os ministros do Supremo Tribunal Federal e o procurador-geral da República.

Seria muito esperar que Lorenzoni se fizesse notado, não mais pela deseducação de chupar chimarrão em plenário, mas por não ceder à pressão para mais privilégios. E manter no projeto um equilíbrio de justiça. Como deputado do DEM, ele sabe quem faz as coisas compensarem ou não.

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Comentários

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Raimundo Moura Negrão

21/11/2016 - 14h30

É necessário lembrar que a embaixadora americana no Brasil orientou as ações da cúpula golpista desde o início de 2014.
Ela é a mesma que estava trabalhando na embaixada americana no Paraguai à época do golpe que derrubou Fernando Lugo.

Raimundo Moura Negrão

21/11/2016 - 14h27

Rodrigo Janot disse ceeta vez: “A Lava-Jato é maior que qualquer um de nós”.
Esta é uma prova da manipulação estrangeira.

Raimundo Moura Negrão

21/11/2016 - 13h58

Com o fim da novela criada para viabilizar o golpe agora o bandido Yousseff é solto e vai pra prisão domiciliar em área mais cara de São Paulo.
Ou seja, vitória da impunidade pois 90% dos acusados de PSDB, PMDB, DEM foram esquecidos. Mas, como diria um certo juizinho geração perdida: “Isso não vem ao caso”.

Márcio Rezende

17/11/2016 - 19h26

E vão usar o dinheiro roubado, repatriado, para comprar as partes privatizadas.


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