18 anos depois, Justiça aceita denúncia contra trensalão tucano

(Fotos: Edson Lopes Jr/Fotos Públicas)

Justiça Federal aceita denúncia sobre trensalão paulista de 1999
SEX, 05/05/2017 – 11:10

Jornal GGN – É destaque na Folha de S. Paulo desta sexta-feira (5) que a Justiça Federal em São Paulo aceitou denúncia do procurador Rodrigo de Grandis sobre corrupção em obras da CPTM de 1999 e 2000, no governo do tucano Mário Covas. Para o processo sobre o esquema de corrupção que ficou conhecido como trensalão, o Ministério Público contou com dois delatores da Siemens que foram poupados na denúncia.

De acordo com o MP, o cartel que fraudou obras da linha 5 da CPTM foi formado por seis multinacionais (Siemens, Alstom, Daimler-Chrysler Rail, ADTranz, Mitsui e CAF). Os ex-diretores da Siemens Everton Rheinheimer e Jan-Malthe Hans Jochen Orthmann ficaram de fora da denúncia porque colaboraram com as apurações.

Os ex-presidentes da CPTM Olivier Hossepian Salles de Lima, suspeito de receber propina, e Mário Bandeira, investigado por violação da Lei de Licitações, também foram poupados. Isso porque receberam o benefício da prescrição.

Entram no rol dos réus os ex-diretores da CPTM João Roberto Zaniboni e Ademir Venâncio de Araújo, por corrupção e lavagem de dinheiro, quatro ex-executivos da Alstom (Paulo José de Carvalho Borges Júnior, Carlos Alberto Cardoso Almeida, Daniel Maurice Elie Huet e Isidro Ramon Fondevila Quionero); Ronaldo Cavalieri, da Siemens, e Masao Suzuki, ex-executivo da Mitsui, além do consultor Arthur Gomes Teixeira.

O MPF diz que o dinheiro da propina do esquema circulou por cinco países. “A obra do Metrô paulistano custou R$ 527 milhões em valores de 2002, quando foi concluído o primeiro trecho da linha 5. A propina que passou pelas empresas de consultoria corresponde a 5% do valor do contrato, de acordo com a denúncia do Ministério Público Federal”, destacou o jornal.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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