Moro se recusa a discutir e-mails de 2012 que citam fatos de 2016

Foto: Lula Marques/AGPT

Nas “provas” reunidas contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva pela força-tarefa de Curitiba há e-mails que aparecem como tendo sido remetidos em setembro de 2012 e, no entanto, num exercício surpreendente de futurologia, falam de matéria publicada no site do jornal Estado de São Paulo em março de 2016. E mesmo assim o juiz Sergio Moro simplesmente se recusa a investigar a falsidade da prova.

Não vem ao caso?

Do blog A Verdade de Lula.

Moro se nega a apurar falsidade e defesa de Lula vai ao TRF-4

A defesa de Luiz Inácio Lula da Silva pediu ao TRF-4 para rever o ato do Juízo da 13ª Vara Criminal Federal de Curitiba e determinar a instauração do incidente de falsidade documental e a realização das provas necessárias para apurar a extensão das alterações realizadas no documento apresentado por José Adelmário Pinheiro Filho nos autos da ação penal n. 5022040-92.2017.4.04.7000/PR.

A medida tem previsão no artigo 145 do Código de Processo Penal e a parte tem o direito de submeter à perícia papéis juntados no processo, quando houver possibilidade de falsidade total ou parcial do material.Os papéis foram apresentados por Pinheiro no dia 15/05/2017.

Há uma cadeia de supostos e-mails que, embora indiquem terem sido remetidos em 06/09/2012, fazem referência a uma reportagem do portal do jornal O Estado de S. Paulo de 04/03/2016.

O magistrado reconheceu ter havido inclusão de conteúdo nos e-mails, mas diz, sem qualquer base, tratar-se de “comentário descritivo”, colocado por um advogado “provavelmente contratado pela OAS ou por José Adelmário Piinheiro Filho”. Assim, segundo o juiz Sérgio Moro, o questionamento sobre a autenticidade “não faz sentido”.

Cristano Zanin Martins

Luis Edmundo: Luis Edmundo Araujo é jornalista e mora no Rio de Janeiro desde que nasceu, em 1972. Foi repórter do jornal O Fluminense, do Jornal do Brasil e das finadas revistas Incrível e Istoé Gente. No Jornal do Commercio, foi editor por 11 anos, até o fim do jornal, em maio de 2016.
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