Macron domina eleições francesas; Partido Socialista encolhe

Foto: Atlantico

Se na Inglaterra o Partido Trabalhista ressuscitou nas últimas eleições sob a liderança de Jeremy Corbyn, na França, não há boas novas para a esquerda. As projeções do primeiro turno das eleições legislativas francesas indicam vitória esmagadora do A República em Marcha (LRM), partido centrista que visa também, entre outros projetos, a reforma trabalhista.

Criado há 14 meses pelo presidente Emmanuel Macron, que por sua vez assumiu a presidência no mês passado, o LREM não tinha ainda qualquer parlamentar e passará a ter, segundo projeção da agência France Presse (AFP), entre 32,2% e 32,9% dos votos (algo entre 390 e 445 do total de 577 assentos na câmara baixa do Parlamento).

Os Republicanos, de direita, atingiram de 20,9% a 21,5% (80 a 132 assentos), enquanto a Frente Nacional de Marine Le Pen, de extrema direita, deve ter entre 13,1% e 14% (1 a 10 assentos). Outrora gigante da política francesa, equivalente do Partido Trabalhista inglês em tamanho e força, o Partido Socialista de François Mitterrand, François Hollande e cia. não deve passar de 9% a 10,2% (15 a 40 assentos).

Nesta derrota histórica, os socialistas ficarão atrás inclusive do França Insubmissa, o partido de esquerda que deve atingir 11%, ainda que pelas regras da política francesa possa ficar com menos assentos (de 10 a 23).

No Brasil, seria mais ou menos como o PSol ficar na frente do PT nas próximas eleições.E por falar nisso, não há como não relacionar a juventude de Macron e o tamanho de seu partido novato com a lembrança de Fernando Collor e seu nanico PRN, o Partido da Reconstrução Nacional, o que mostra que a França, ainda que pudesse estar pior, mais à direita ainda, vai mal. (Com informações da DW e da BBC).

Luis Edmundo: Luis Edmundo Araujo é jornalista e mora no Rio de Janeiro desde que nasceu, em 1972. Foi repórter do jornal O Fluminense, do Jornal do Brasil e das finadas revistas Incrível e Istoé Gente. No Jornal do Commercio, foi editor por 11 anos, até o fim do jornal, em maio de 2016.
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