Moro quer para Cunha a ‘punição exemplar’ que não deu para Youssef, Barusco, Paulo Roberto Costa…

Foto: Divulgação/Istoé

Na coluna de Ancelmo Gois, hoje, no Globo, uma das notas avisa, no título, que “Sérgio Moro não quer, de jeito nenhum, que Eduardo Cunha faça delação”.

“Sérgio Moro prefere que Eduardo Cunha, 58 anos, não faça delação premiada”, continua a nota. E o motivo para isso não é “só porque considera que ele tem pouco a acrescentar ao que já se sabe da Lava-Jato.”

Moro, segundo Gois, “prefere que o ex-deputado cumpra a pena atual (devem vir outras) em regime fechado até… 2032”. “Nesse caso”, conclui a nota, “a cana dura serviria como exemplo de que, nem sempre, o crime compensa”.

Muito bonito, sim, essa vontade de Moro de manter Cunha na prisão, sem delação, como um exemplo de punição a um criminoso do naipe de Cunha.

Só não se entende por que Moro não mostrou o mesmo rigor com Alberto Youssef, com Pedro Barusco, com Paulo Roberto Costa, tão ladrões ou até mais do que Cunha, se for considerado o volume de recursos públicos desviados por esses três, por exemplo.

Por que o juiz Moro deu o direito da delação premiada a todos, quando podia prejudicar o PT, e agora, quando pode prejudicar o golpe de Michel Temer et caterva, não quer delação premiada? Que arbítrio é esse?

Luis Edmundo: Luis Edmundo Araujo é jornalista e mora no Rio de Janeiro desde que nasceu, em 1972. Foi repórter do jornal O Fluminense, do Jornal do Brasil e das finadas revistas Incrível e Istoé Gente. No Jornal do Commercio, foi editor por 11 anos, até o fim do jornal, em maio de 2016.
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