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A comparação entre Cemig, Enel (Ampla) e Light desmonta a farsa da privatização da Eletrobrás

Por Tadeu Porto Quando vejo alguma discussão sobre a privatização da matriz de energia elétrica brasileira, como o governo Temer – golpista – anunciou a privatização da Eletrobrás, como bom mineiro que frequenta o Rio praticamente toda semana, não consigo deixar de comparar as empresas que atuam na energia elétrica dos dois estados. E tudo […]

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Por Tadeu Porto

Quando vejo alguma discussão sobre a privatização da matriz de energia elétrica brasileira, como o governo Temer – golpista – anunciou a privatização da Eletrobrás, como bom mineiro que frequenta o Rio praticamente toda semana, não consigo deixar de comparar as empresas que atuam na energia elétrica dos dois estados.

E tudo por uma constatação muito simples: por experiência mesmo, descobri que a energia mineira é muito melhor que a energia carioca, pois sistematicamente tenho problemas na capital fluminense (com a Light) ou no Norte do estado em Macaé ou Campos (com a Enel, antiga Ampla), enquanto raramente tenho problemas com a Cemig na minha querida Contagem.

Pois bem, temos aqui dois estados que fazem fronteira e de grandeza econômica semelhante – segundo e terceiro PIB’s brasileiro – e, portanto, fazer a comparação entre os dois é bem factível. Constatamos, então, que ambos utilizaram caminhos diferentes para suas companhias de energia elétrica: galera do “uai” manteve uma empresa estatal enquanto  o pessoal do “caraca” privatizou suas empresas.

E o resultado dessas escolhas diferentes foi um fato impossível de se ignorar: a energia do Rio de Janeiro é pior que a de Minas Gerais.

E nem precisa argumentar muito para provar isso, afinal, quando a estrutura energética do Rio estava em crise aguda, em 2006, foi a Cemig que assumiu a Light para salvar a empresa do desastre que foi a privatização. Até hoje o estado do Maracanã paga caro pelo falta de investimento das empresas privadas que focaram exclusivamente no lucro imediato e não melhorou a estrutura energética no ritmo que o crescimento da região necessitava. 

Vale lembrar, por exemplo, essa notícia de 1998 da Folha de São Paulo “Apesar da crise, Light e Cerj lucram mais”: logo depois da privatização, as empresas cariocas aumentarem bem seus lucros mas, em contrapartida, foram alvo de um aumento gigante de insatisfação dos consumidores e consumidoras.

Ou seja, privatiza, aumenta o lucro no curto prazo – que cai na mão de fundos de investimentos sem compromisso com o país – e depois que quebra sobra, justamente, para aqueles que foram prejudicados pelos maus serviços prestados, quando a empresa privada em crise recorre ao dinheiro público.

Só mesmo um Golpe de estado consegue voltar com uma atrocidade dessa depois da péssima experiência que o país teve. O voto popular, soberano e sábio, nunca aceitaria tamanha aberração.

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Tadeu Porto

Petroleiro e Secretário adjunto de Comunicação da CUT Brasil

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Comentários

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Fábio Delgado

24/08/2017 - 05h23

Adoro ver esse desespero da esquerdalha! Pavor de sair da teta

Fernando Cesar Reis Santos

24/08/2017 - 00h08

Reclamam das privatizações mais não vejo nenhum dos petistas dizendo não ao bolsa político,vocês também vão ser beneficiados né.

    Gerson Pompeu

    24/08/2017 - 02h01

    ??¿????????¿????¿??????

Reginaldo Ruiz

23/08/2017 - 21h12

Basta! Este governo já destruiu muito nosso país! Não tem legitimidade, não tem credibilidade e muito menos idoneidade pra vender o patrimônio do povo brasileiro!

Elton Jcs

23/08/2017 - 15h33

Como resultado das privatarias temos aumento exorbitante do custo de produção e custo de vida no Brasil, tirando competitividade em relação ao resto do mundo e matando o mercado interno de várias formas, mas principalmente pelo custo elevado de vida e achatamento salarial. Em suma, destruição nacional. Acho que irreversível. Quero que venha guerra civil. O país não tem mais nenhum futuro, exceto como colônia extrativista.

Emmanuell Miqueletti

23/08/2017 - 11h54

Você não jogou nenhum dado.
Apenas jogou sua visão subjetiva do negocio.
Quanto custa a energia privada x pública?
Quanto tempo a rede ficou fora do ar?

Não adianta privatizar e manter o monopolio ligado ao estado, deveria sim privatizar e deixar as regulações de lado ai sim iria funcionar.

    Tadeu Porto

    24/08/2017 - 09h25

    Amigo,

    A Light foi privatizada no final da década de 1990 e praticamente faliu em 2006. Quem salvou a empresa privatizada foi a Estatal Cemig! Precisa de mais?

Atreio

23/08/2017 - 11h31

soberano e sábio.
o povo é a chave. Dilma vana a presidente.
Ela volta, sem crime não há STF nem PGR q segure o impeachment dos canalhas pra “estancar a sangria”. Eles parecem tentar. afundam no esgoto moral eterno os nomes de suas familias. cmtam com a memória fraca de nosso povo. tolos.
seus filhos e netos irão lhes cobrar.

melhor agirem logo.

ANULA STF!
ANULA PGR!

Jane Freitas

23/08/2017 - 14h08

Td a privatização não é benéfica ao povo… ao menos os exemplos q temos até agora… nossa soberania está sendo desmontada..

Cesar Biasotto

23/08/2017 - 13h58

O problema é o governo, não as empresas. A Odebrecht é privada.

Cesar Biasotto

23/08/2017 - 13h58

O problema é o governo, não as empresas. A Odebrecht é privada.

Raphael Carvalho

23/08/2017 - 13h45

Ricardo Noblat, o puxa-saco número 1 de Temer, quer saber se o povo concordaria com a privatização da Petrobras. Vamos votar nessa enquete e dar a ele uma lição.

https://twitter.com/BlogdoNoblat/status/900149251174477825

Joao Luiz Caetano

23/08/2017 - 13h41

SERGIO TUCANO MORO, A SERVIÇO DA CIA E DA GLOBO.

Joao Luiz Caetano

23/08/2017 - 13h41

SERGIO TUCANO MORO, A SERVIÇO DA CIA E DA GLOBO.

Rodrigo Magno

23/08/2017 - 13h02

A CEMIG é uma Empresa de economia mista.

    Tadeu Porto

    23/08/2017 - 13h18

    Uai… Eletrobrás, hoje, também. Deixa como está (no mínimo).

    Rodrigo Magno

    23/08/2017 - 13h21

    Claro. N sou a favor da privatização não. Por mim n seria nem mista. 100% estatal. Só comentei pq no texto n deixa claro.

    Tadeu Porto

    23/08/2017 - 13h42

    Ahhh tah! Valeu Rodrigo!!

Rodrigo Magno

23/08/2017 - 13h02

A CEMIG é uma Empresa de economia mista.

    Tadeu Porto

    23/08/2017 - 13h18

    Uai… Eletrobrás, hoje, também. Deixa como está (no mínimo).

    Rodrigo Magno

    23/08/2017 - 13h21

    Claro. N sou a favor da privatização não. Por mim n seria nem mista. 100% estatal. Só comentei pq no texto n deixa claro.

    Tadeu Porto

    23/08/2017 - 13h42

    Ahhh tah! Valeu Rodrigo!!

Benes Junior

23/08/2017 - 09h39

Acompanhei a privatização da CERJ, enquanto meu padrasto trabalhava lá e eu estagiava numa cooperativa de projetos.
Vi colegas sendo obrigados a se aposentar e setores desorganizados pela falta de gente competente….
Com as perdas, constantes aumentos de energia elétrica…
Agora querem entregar Furnas, Eletrobrás, Petrobrás e toda soberania nacional!
Lamentável!


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