Maduro e Putin : avança a venda de petróleo no mundo em cesta de moedas e preço será regional

(Fonte: Telesur)

Em meio a política estadunidense presa no paradigma de impor sanções a países não alinhados aos seus objetivos, cresce o sentimento que as nações se organizam para superar as ações do presidente Donald Trump. Em verdade esta união dificulta os objetivos do país do norte.

Neste 4 de outubro em Moscou , durante 19º Fórum de Exportadores de Gás, o momento que se apresentou foi um aprofundamento do acordo de preço e renovado no último dia 23 de setembro em Viena. A avaliação é que o acordo iniciado ainda em novembro de 2016, alcançou 116% do objetivo de recorte de produção. Neste sentido o preço do barril que chegou a U$S 28,90 em 10 de janeiro de 2016 , subiu a U$S 59,02 em 25 de setembro estabilizando a U$S 55,91 fechado neste dia de 4 de outubro.Uma realidade atual satisfatória que remunera os investimento no setor.

Vladimir Putin e Nicolás Maduro iniciam em conjunto com outros produtores implementar uma nova etapa. A primeira medida é oficializar a venda em cesta de moedas, prática já iniciada pelo país caribenho junto ao Yuan chinês, rublo russo e a rúpia indiana. Este modelo diversifica compradores ampliando mercados aos produtores e por conseguinte o comércio, já que a utilizando a convertibilidade de moedas aumenta os modos de pagamentos entre países participantes, distanciando-se da necessidade do dólar e deixando de pressionar as reservas cambiais.

A segunda medida é delimitar preços regionais(que já ocorreu na década de sessenta) para o barril. Este caminho permite adequar o valor e geopolítica, respeitando o transporte em distância e seguridade, bem como a oferta zonal como a diferença entre as cotações como Brent(Europa/Asia) e Nymex(Eua). Em realidade os produtores podem ter intervalos de preços adequando acordo mundial a situações regionais, permitindo prolongar o acerto global.

Ao prescrutarmos este novo estágio, a fortificação do Comitê dos países da OPEP representados por Venezuela, Argélia e Kuwait, e não OPEP com Rússia e Omã como delegados se mostra um objetivo fundamental. Estes dois blocos que já foram concorrentes, atualmente trabalham em conjunto e pode significar num futuro, uma unificação diante os ganhos com a governabilidade do mercado petroleiro vigente. Afinal enfrentar os Estados Unidos com objetivo de pautar a geopolítica do petróleo, exige no mínimo uma ação coordenada.

Fontes:

Correo del Orinoco

VTV

lademajagua.cu

Autor texto:

Tulio Ribeiro é graduado em Economia, Pós graduado em História Contemporânea, Mestre em História Social e doutorando em ¨Ciencias para Desarrollo Estrategico¨ na UBV-Caracas.

Autor do livro : A política de estado sobre recursos do petróleo, o caso venezuelano. Editora Pillares.2016.

Tulio Ribeiro: Túlio Ribeiro é graduado em Ciências econômicas pela UFBA,pós graduado em História Contemporânea pela IUPERJ,Mestre em História Social pela USS-RJ e doutorando em ¨Ciências para Desarrollo Estrategico¨ pela UBV de Caracas -Venezuela
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