Bancos brasileiros e petroleiras americanas oferecem regabofe a Moro em Nova York

O jantar da Câmara de Comércio Brasil e EUA em homenagem a Sergio Moro, em Nova York, está sendo patrocinado, até o momento, por Itaú, Bradesco e Santander, os maiores sonegadores do Brasil.

A coisa é descarada.

Corrupção em dose tripla.

Em primeiro lugar, os motivos da Câmara de Comércio são quase caricaturais, de tão corruptos: a Lava Jato, ao destruir setores nacionais inteiros da indústria petroleira, em especial na área de refinaria, proporcionou lucros bilionários à indústria de refino norte-americana, que nunca vendeu tantos derivados ao Brasil (mais de US$ 6 bilhões em 12 meses, aumento de 90% sobre ano anterior).

Como os principais produtos do comércio entre Brasil e EUA são derivados de petróleo, pode-se dizer que a homenagem da Câmara de Comércio é uma iniciativa das petroleiras americanas.

Em segundo lugar, instituições financeiras privadas também ganharam. O golpe que a Lava Jato ajudou a organizar levou ao poder um grupo de políticos inimigos dos bancos públicos. As primeiras medidas de Michel Temer foram no sentido de desmontar o Banco do Brasil, que fechou milhares de agências em todo país, e vem sabotando explicitamente os serviços tanto do BB quanto da Caixa, o que ajudou Itaú, Bradesco e Santander a ampliarem sua participação no país, e a terem lucros indecentes em meio à crise econômica.

A matéria da chapa-branquíssima Folha (embora um pouco mais sutil que a Globo) é para convocar mais patrocinadores para o “jantar” em homenagem a Moro. A Folha nunca ganhou tanto dinheiro do governo federal como agora, e, sobretudo, viu seus concorrentes da mídia alternativa entrarem para a lista negra da publicidade institucional, como ela queria. Ela também participa, portanto, do regabofe da corrupção em Nova York.

O prato principal do jantar será a soberania e o bem estar dos brasileiros.

Miguel do Rosário: Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.
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