Ônibus de Lula são atacados a tiros – Fascistas radicalizam o Brasil

Por Bajonas Teixeira,

 

Manchetes do UOL e do G1 relatam os acontecimentos de hoje no Paraná: “Ònibus de Lula são atacados a tiros no PR; ‘Querem matá-lo’, diz Gleisi (UOL). “Ônibus da caravana de Lula é alvo de dois tiros no Paraná” (G1 e O Globo). De fato, há indícios de mais de dois tiros disparados contra a caravan. Um foi o disparado contra a lataria, que está registrado na foto desse artigo. O outro, foi disparado contra o parabrisa dianteiro. Ao que parece, outros disparos foram ouvidos pela comitiva, embora não tenham acertado os veículos.

Afinal de contas, se trata de algo extraordinário e de um fato inesperado? De modo algum. É o que pode haver de mais normal dentro da conjuntura sinistra que vivemos. A selvageria está revelando o contrário da civilização e do “Brasil primeiro mundo” que o Sul gosta de ostentar.

Aliás, desde a violência hedionda de Beto Hitler contra os professores que protestavam pela educação, com 200 educadores feridos e barbaramente humilhados, não há dúvidas do que o Sul Maravilha é capaz.

É sob o véu de proteção e cumplicidade do judiciário, da mídia e da polícia, que a violência vem correndo com relativa liberalidade sob a cegueira oportuna da vista grossa – Quantos agressores foram detidos até agora? Que autoridade fez pronunciamento pedindo tolerância? Quem advertiu dos perigos de um ataque tão grotesco à democracia?

É evidente que as autoridades celeradas brasileiras, estão apostando no pior: um tiro (mera bala perdida), um punhalada (facada desferida por algum desmiolado), um paralelepípedo lançado sem intenções de causar dano maior, enfim, um acidente advindo do fervor dos ânimos, retiraria definitivamente um obstáculo do caminho.

Querem fazer com Lula o que acabam de fazer com Marielle. A ideia é realizar uma chacina crendo que as coisas ficarão por isso mesmo. Se é possível atirar contra um ex-presidente e não se ouvir um grito unânime de indignação dos poderes do país, é isso mesmo que terminará acontecendo. Que a mídia, cobrindo com parcialidade e distorção os fatos, incite à violência contra Lula, é algo que se compreende.

Mas a degradação institucional que estamos assistindo é inominável. Esquecem que o assassinato de Lula levantaria um furor semelhante ao ocorrido com Marielle. Mas de intensidade imensamente maior, e com ódio multiplicado por algumas dezenas de milhões dos seus eleitores. Se Marielle, que era quase inteiramente desconhecida no país, produziu a tsunami de indignação que acabamos de assistir. Imagem Lula. É bom que o estado delinquente que o Brasil tem hoje pense duas vezes antes de dar corda solta aos assassinos.

As guerras civis começam muitas vezes assim.

Bajonas Teixeira:
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