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Xi Jinping, secretário-geral do Comitê Central do Partido Comunista da China (PCC) destacou a importância de estudar o Manifesto Comunista

“Os proletários nada têm de seu a assegurar, têm sim de destruir todas as seguranças privadas, todos os asseguramentos privados.” Marx e Engels, Manifesto Comunista, 1848 Imagem: Xi Jinping fala ao 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China. Foto: Financial Express ______________________________ Aproveitem para ler e reler: – o Manifesto Comunista; e – 9/10/2012, […]

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Xi Jinping fala ao 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China. Foto: Financial Express

“Os proletários nada têm de seu a assegurar,
têm sim de destruir todas as seguranças privadas, todos os asseguramentos privados.”
Marx e Engels, Manifesto Comunista, 1848

Imagem: Xi Jinping fala ao 19º Congresso Nacional do Partido Comunista da China. Foto: Financial Express
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Aproveitem para ler e reler:

– o Manifesto Comunista; e
– 9/10/2012, Eric Hobsbaum, “Introdução ao Manifesto Comunista de Marx e Engels”, traduzido em redecastorphoto [NTs].
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O ataque de Trump, especialmente contra setor de alta tecnologia da China, está provocando reação profunda na China, levando a um fortalecimento da esquerda e a um enfraquecimento das forças que buscam acomodação com os EUA. É o que se vê refletido na importante reiteração, pelo presidente Xi Jinping, da importância do Manifesto Comunista.

O Politburo do Partido Comunista da China (PCC) acaba de concluir uma sessão de estudo do Manifesto Comunista – algo para pensar, para todos que creem, erradamente, que a China seja país capitalista. De fato nem deveria ser surpresa, no ocidente, a ideologia do PCC é o marxismo e que Xi Jinping é marxista altamente sofisticado. A China nunca disse coisa diferente nem tentou disfarçar – sempre afirmou que o PCC é partido marxista. Só arrogantes ditos ‘especialistas’ em China podem ainda crer que sabem mais, disso, que o PCC.

Bill Bishop, que edita o blog Sinocism [só para assinantes], antimarxista e anti-PCC, mas factualmente informativo, observa, sobre a constatação já inescapável de que o PCC é marxista convicto e consistente:

Pouco importa o que nós, estrangeiros, pensemos sobre Marx e Comunistas… O que importa é se Xi acredita. Já há muito tempo tenho a impressão de que sim, acredita; e nos últimos anos convenci-me cada vez mais. Claro, apostar no marxismo é um meio do qual o Partido lança mão para seu objetivo, mas isso não significa que o próprio Xi não seja marxista ardente, cujo fervor só faz aumentar, agora que vê um mundo em agitação, que se estraçalha.

Dito em outros termos, o PCC é Partido Marxista, e a China é país socialista, não capitalista. Agora já se sabe comprovadamente que os ‘especialistas’ em China que duvidavam disso, convencidos de que sabem mais e melhor sobre a China e o PCC, erraram completamente.

Pena é que partes da esquerda ocidental acompanharam e deixaram-se influenciar por esses ocidentais ‘especialistas em China’, pondo-se a repetir que o PCC abandonara o marxismo e que a China deixara de ser socialista, para se tornar país capitalista.

Lê-se a seguir (traduzida do inglês) a versão integral do press-release distribuído sobre aquela sessão de estudos do PCC:

O objetivo de reler e reexaminar o Manifesto Comunista é compreender e capturar o poder da verdade do marxismo e escrever um novo capítulo do socialismo com características chinesas na nova era, disse Xi na 2ª-feira, ao presidir uma sessão de estudo em grupo do Comitê Político do Comitê Central do PCC.

Serve também ao objetivo de reafirmar a convicção marxista e retraçar a trilha até a fonte da teoria, para que nosso partido marxista mantenha o caráter avançado e incontaminado – disse Xi.

Deve reforçar sempre a capacidade de todo o Partido para resolver os problemas práticos da China, a partir dos princípios básicos do marxismo.

É necessário “aplicar os princípios científicos e o espírito do Manifesto Comunista a todo o planejamento de atividades relacionadas à grande luta, ao grande projeto, à grande causa e ao grande sonho” – disse o presidente da China. Para ele, o Manifesto Comunista é trabalho monumental que tem uma perspectiva científica sobre o desenvolvimento da sociedade humana e foi escrito para beneficiar o povo e buscar a libertação para toda a humanidade.

“O Partido Comunista da China é leal herdeiro do espírito do Manifesto Comunista” – disse Xi.

Xi conclamou o Partido a promover confiança cada vez mais substanciada na via, na teoria, no sistema e na cultura do socialismo com características chinesas, e a manter-se aderido aos ideais e às convicções comunistas, para não temer as dificuldades e jamais deixar-se confundir por qualquer interferência.

Xi conclamou os membros do Partido a “manterem-se fieis à nossa missão fundacional” –, a manterem o povo no ponto mais alto do coração de cada um, a trabalhar sem descanso para a felicidade e os interesses do povo, e a promover o desenvolvimento humano mais completo individualmente e com vistas ao progresso social.

Xi quer comprometimento cada vez mais profundo com a defesa e a promoção dos interesses do desenvolvimento da China, cada vez mais aberto ao resto do mundo.

Xi destacou que a China deve convocar a comunidade internacional para que partilhe conjuntamente a responsabilidade de nossa época, e para que coopere para responder aos desafios trazidos pela globalização econômica.

A China deve empenhar-se na direção de uma globalização econômica cada vez mais aberta, inclusiva e equilibrada, de modo que os benefícios e oportunidades sejam partilhados por diferentes países, diferentes estratos sociais e diferentes grupos humanos, disse Xi.

Para conduzir o povo na grande revolução social e alcançar o rejuvenescimento nacional, o Partido deve fazer avançar o espírito de se autorreformar, disse Xi. E o Partido não deve esmorecer na determinação, nem rebaixar o nível das exigências ou diminuir os esforços para garantir governança plena e estrita sobre o próprio Partido.

Xi observou que o Partido deve sempre preservar o caráter de partido marxista governante, mantendo-se sempre à frente do tempo, sempre como a espinha dorsal do povo chinês e da nação chinesa.

Xi orientou os membros do Partido para resolver os problemas com ideais novas, novos métodos e novos modos de pensar, e para aprender das melhores práticas. Conclamou-os a buscar sempre maior compreensão das leis que subjazem à governança por Partido Comunista: o desenvolvimento do socialismo e a evolução da sociedade humana.

Xi lembrou que todos devem envidar sempre mais e mais esforços para desenvolver o marxismo no século 21 e na China contemporânea, e para escrever um novo capítulo, que adaptará o marxismo ao contexto da China.

Xi recomendou aos membros do Partido que estudem cada vez mais, com vistas a construir interpretações melhores e mais completas para os trabalhos do marxismo e para popularizá-los, de modo a que sejam acessíveis e compreensíveis para centenas de milhões de pessoas.

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Comentários

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Luiz Carlos P. Oliveira

01/05/2018 - 08h32

Pois é, mas ainda existem brasileiros estúpidos o suficiente para afirmar que a China é capitalista. Adoro quando coxinhas me perguntam em que lugar do mundo o comunismo deu certo. Quando respondo: CHINA! sempre tem um imbecil para dizer que ela é capitalista.

    Mordaz

    01/05/2018 - 18h27

    China: comunista ou capitalista? Essa é uma questão complicada, que divide até os próprios comunistas (os coxinhas não; estes concordam entre si em tudo!),

    Quanto a “dar certo”, isso não tem muito a ver com o sistema em vigor, mas com o tamanho da economia. Cuba, por exemplo, tem saúde e educação superiores às dos EUA, mesmo sendo apenas uma pequena ilha sob um bloqueio econômico que já dura mais de meio século. Imagine como seria Cuba sem o bloqueio.

    Mais ainda se pode dizer da RPDC, que conseguiu avanços tecnológicos extraordinários, apesar de ter sido dizimada por uma guerra, sofrer duríssimas sanções econômicas e de ter até hoje tropas de ocupação dos EUA no vizinho ao sul. Imagine como seria a RPDC sem esses entraves.


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