Cafezinho na Copa: Inglaterra elimina a Suécia e está na semifinal

Maguire cabeceia para abrir o placar

A chave das quartas de final que conta com Inglaterra, Suécia, Rússia e Croácia tem um evidente déficit de técnica e criatividade em relação à outra chave, composta por França, Bélgica e os eliminados Brasil e Uruguai.

O jogo de hoje entre Inglaterra e Suécia – um 2 x 0 para os ingleses – foi, entretanto, uma boa partida de futebol.

Em boa parte do jogo os times botaram a bola no chão para criar jogadas de ataque, o que ocasionou jogadas interessantes, bem trabalhadas, de ambas as equipes.

A primeira delas foi da Inglaterra, aos 18 do primeiro tempo, um contra-ataque certeiro que acabou com uma meia lua de Sterling no marcador e chute forte, de primeira, do artilheiro da Copa Kane.

Mas foi por meio da jogada aérea que saíram os dois gols do time britânico, os quais definiram o resultado do jogo.

O primeiro aos 29, com o zagueiro Maguire derrubando o marcador – sem falta – para cabecear forte e no canto, abrindo o placar.

Na volta do intervalo, o centroavante sueco Berg cabeceou forte e com endereço certo logo no primeiro minuto. Pickford fez a primeira das várias grandes defesas que ainda faria na partida, esticando-se para defender com a mão esquerda.

Aos 12, mais uma jogada aérea e mais um gol da Inglaterra. Após um giro de pé em pé pela entrada da área, a bola encontrou Lingard, que cruzou, da direita e de primeira, para a cabeçada de Dele Alli. A bola passou sobre a cabeça do goleiro Olsen, mas o fato de Dele Alli cabecear de uma distância curta da meta impediu que o reflexo daquele fosse suficiente para fazer a defesa.

Aos 16, a Suécia perdeu a sua grande chance de permanecer na partida e ainda colocar fogo nela. Com uma bela troca de passes o time de amarelo invadiu a área inglesa e Berg – de grande atuação – fez o pivô para a conclusão de Claesson, que parou no goleiro Pickford – outra grande defesa.

Aos 25, Berg domina com categoria dentro da área e emenda pro gol. A bola foi no centro da meta e estufaria as redes não fosse nova defesa dificílima de Pickford, com as pontas dos dedos.

A Inglaterra não tem o mesmo refino e vistosidade de França e Bélgica mas é um time forte que, caso chegue a final, não entra como favorito mas tampouco como azarão.

Destaque para o goleiro Pickfort, para a segurança do sistema defensivo inglês, para a habilidade e velocidade de Sterling e para o artilheiro Kane, a referência técnica (erra muito pouco) e psicológica (é o capitão) do time.

Os ingleses chegam à semifinal credenciados por atuações seguras, com alguns toques de criatividade. É um prêmio justo para a terra dos inventores do futebol, da melhor liga de futebol do planeta e, como se não bastasse, dos Rolling Stones e dos Beatles.

 

Pedro Breier: Pedro Breier nasceu no Rio Grande do Sul e hoje vive em São Paulo. É formado em direito e escreve sobre política n'O Cafezinho desde 2016.
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