Exclusivo: Como foi o atentado contra Bolsonaro

Por Denise Assis, de Juiz de Fora

Jair Bolsonaro chegou a Juiz Fora pela manhã, sob intenso foguetório. O ato de campanha, organizado pelo movimento “Direita Minas”, atingiu o seu ponto máximo no Calçadão da Rua Halfed, depois de percorrer as principais ruas do Centro, por volta de 15h.

Eles passavam em frente ao Magazine Riachuelo, quando o candidato foi alcançado pelo agressor, Bispo, que num golpe rápido e certeiro atingiu o candidato na barriga, um pouco acima do estômago.

Correligionários contaram, com preocupação, na porta da Santa Casa, que Bolsonaro não usava colete à prova de balas. A imprudência fez com que o corte que o atingiu fosse profundo. A informação foi confirmada pelos médicos que o receberam. Bolsonaro não estava de colete. Vestia apenas a camiseta da campanha.

Foi perfurada uma artéria importante, a mesentérica, que leva o sangue da cavidade abdominal para o intestino.

Um carro da Polícia Federal transportou o ferido rapidamente para a Santa Casa, distante apenas um quilômetro do local do atentado.

Segundo Mariana, uma popular que não quis dar o nome completo, “a cena foi muito rápida. Foi como uma briga no carnaval”, descreveu. “Num minuto todos se afastaram. Custei a perceber o que tinha acontecido”, contou.

Jair Bolsonaro deu entrada na emergência em torno de 15h40.

Quem conta são duas auxiliares de limpeza que correram para vê-lo.

O candidato ainda trajava a camiseta da campanha, com a frase “Meu partido é o Brasil”.

Ele foi recebido pela equipe de emergência e seguiu direto para o centro cirúrgico.

Durante a cirurgia, o paciente perdeu muito sangue e chegou a entrar “em choque”. Uma testemunha que estava na equipe foi categórica. Bolsonaro chegou com a pressão arterial de 10 por 3, daí ter ocorrido o choque.

Há preocupação com o quadro clínico.

Correligionários do candidato tiveram atitude truculenta com a equipe do hospital, cometendo imprudências do tipo rodear a maca sem uniformes próprio e gritar, ao redor do paciente, deixando escapar perdigotos sobre o ferimento.

No momento, há uma coletiva sendo preparada.

Denise Assis: Denise Assis é jornalista e autora dos livros: "Propaganda e cinema a Serviço do Golpe" e "Imaculada". É colunista do blog O Cafezinho desde 2015.
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