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A importância de Angra 3 (e de uma oposição construtiva)

A matéria na Folha, intitulada “Concluir usina de Angra 3 elevaria a conta de luz em pelo menos R$ 6,6 bi“, começa assim: Estudos da consultoria PSR, uma das mais respeitadas do país na área de energia, analisaram o impacto de diferentes fontes sobre a conta de luz e chegaram à conclusão que a retomada […]

42 comentários
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A matéria na Folha, intitulada “Concluir usina de Angra 3 elevaria a conta de luz em pelo menos R$ 6,6 bi“, começa assim:

Estudos da consultoria PSR, uma das mais respeitadas do país na área de energia, analisaram o impacto de diferentes fontes sobre a conta de luz e chegaram à conclusão que a retomada das obras da usina nuclear de Angra 3 sairá mais cara para o consumidor do que abandonar o projeto.

A reportagem explica, em seguida, que terminar o projeto consumiria R$ 17 bilhões, e “abandoná-la, R$ 12 bilhões — considerando os custos para quitar empréstimos, desmontar a estrutura, ressarcir contratos rompidos e pagar dívidas.”

Trata-se de uma abordagem claramente contra a finalização de Angra 3, cujas obras foram paralisadas em 2015, quando já estavam em 60%, pela Lava Jato.

O Brasil ainda aguarda, ansiosamente, cálculos atualizados sobre os prejuízos econômicos e sociais causados ao país pela truculência da operação iniciada pelo atual super-ministro de Bolsonaro, Sergio Moro.

Aliás, isso me lembrou uma máxima que se usava bastante na literatura do século XIX, sobre a régua moral da humanidade em relação à vida humana. Mate um homem, e você é um assassino; mate milhões e será um heroi; mate todo mundo e será um deus.

Sergio Moro está na condição, hoje, de heroi. Espero que seus novos poderes não lhe subam a cabeça e queira se tornar um deus…

A Folha sugere abandonar Angra 3 – ou seja, jogar no lixo as dezenas de bilhões de reais já gastos na obra – e iniciar usinas de energia solar, trazendo um cálculo sobre o preço de energia.

As estimativas das “empresas” consultadas pela Folha, no entanto, deixam de fora tantas variáveis que ficaria cansativo listá-las todas.

Investimentos em energia solar são bem vindos, e, de fato, é um absurdo que o país como o nosso não aproveite melhor esta magnífica energia disponibilizada gratuitamente pela natureza.

Entretanto, uma coisa é investir em energia solar; outra é torrar R$ 12 bilhões para “abandonar” Angra 3. Sim, porque é isso que parece defender a Folha, que o governo Bolsonaro “invista” R$ 12 bilhões no abandono da obra, já que este seria, segundo a matéria, o custo pela quebra de contratos e desmantelamento do projeto.

É preciso lembrar que o sol é uma fonte intermitente, porque nem sempre faz sol, e não tem, nem de longe, o vigor suficiente para sustentar setores que precisam de energia intensiva, como indústrias.

Segundo o jornal, Jair Bolsonaro, em linha com o desejo das Forças Armadas, é a favor de terminar a obra, na contramão da Folha e dos burocratas do TCU, que estariam “preocupados” com o custo.

Está aí porque a tese dos irmãos Gomes está correta, e uma oposição sistemática a Jair Bolsonaro não é inteligente. O governo nem começou e já se nota que há dois caminhos diante do novo presidente.

De um lado, temos os setores nacionalistas das Forças Armadas, influentes no governo, que entendem a necessidade de grandes investimentos em infra-estrutura, como energia nuclear, de olho num projeto de longo prazo para o país: elevar nossa segurança energética, o que é sinônimo de soberania econômica e política.

De outro, temos setores obscuros, medíocres, que não parecem ter nenhum tipo de projeto estruturante para o país, ou pior, parecem dispostos a nos converter, cada vez mais, num país periférico, atrasado, sem os fundamentos necessários para fazer frente à competição global. Um país de serviços, mas sem tecnologia. Uma nação de vendedores de miçangas.

Para mim, está claro que o papel de uma oposição progressista inteligente é empurrar o governo Bolsonaro na direção do primeiro caminho.

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Miguel do Rosário

Miguel do Rosário é jornalista e editor do blog O Cafezinho. Nasceu em 1975, no Rio de Janeiro, onde vive e trabalha até hoje.

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Comentários

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Pedro Gomes

22/11/2018 - 23h05

É fundamental determos o conhecimento sobre essa tecnologia. Desenvolver essa tecnologia para propulsão, entre outros. Só seremos soberanos quando tivermos nossa bomba atômica ou míssil nuclear.

Reginaldo Gomes

22/11/2018 - 16h36

Presta atenção !
O governador zema de minas gerais acabou de vender toda sua rede de postos de combustíveis do Grupo Zema.
Precisa desenhar?
Petróleo , energia nuclear e energia hidráulica (rios), PULA FORA!!!!!!!!!!! É FRIA!!!!!!!!!
Tem olhos de ver???? , Que veja!!!!!
Que Deus nos ajude!

    Manola

    22/11/2018 - 21h13

    como é que no brasil alguem tem 300 postos de combustíveis.?

      Nunes

      23/11/2018 - 09h39

      Tudo tem se transformado em um grande monopólio.
      E a classe média votou para piorar ainda mais a situação do pais,

    Paulo

    22/11/2018 - 22h17

    Mas, então, por que valorizam tanto o Pré-Sal? Alguém sabe dizer em quanto tempo a mercadoria petróleo se tornará anti-econômica?

antonio

22/11/2018 - 15h03

Não investia nessa energia. Ela cria resíduos e se houver problemas causa muito estragos no meio ambiente e nas pessoas. É mais sensato, hoje, investir pesado em energia eólica e solar. Os ventos podem ser sazonais, mas o sol brilha todos os dias no Brasil. Com isso a água dos reservatórios podem funcionar como uma “poupança” e seria mais usadas à noite, quando o consumo é menor.
A tecnologia nuclear seria mais útil na defesa do pré-sal, como o finado projeto do submarino nuclear, que foi para o espaço.

CAR-POA

22/11/2018 - 14h21

O BRASIL ( MEU MUNDO O SEU ) ESTÁ PEGANDO FOGO E VC VEM COM ESSA CONVERSA?????
PRA QUE LADO VC JOGA ?????
É NAS HORAS DIFÍCEIS COMO ESTA ,QUE CONHECEMOS OS QUE ESTÃO DO BNOSSO LADO E OS QUE FINGEM ESTAR.
TEU BARCO ESTÁ AFUNDANDO GAROTO,TUA MÁSCARA ESTÁ CAINDO,PRA QUAL TIME VC JOGA ??????

Leonardo Santos

21/11/2018 - 21h06

“O Bolsonaro deve estar rezando pra que o PT se fixe na ideia de que vai enfrentar o fascismo e tenha o comando de uma oposição que vai pro confronto. Porque é tudo o que o Bolsonaro precisa, isso alimenta uma dinâmica do governo ‘palanque em movimento’, de manter essa polarização alta e que cria uma espécie de manobra diversionista para as dificuldades que o governo vai enfrentar. Acho que aqui tem uma cilada.(…) é uma oposição relativamente fácil, mais do que fácil, é uma oposição que alimenta o pior lado do governo e que lhe dá munição para reforçar a sua base social”

Sérgio Fausto, aos 25:30

Vale muito a pena acompanhar toda a discussão do vídeo, entre ele e o Marcos Nobre analisando o governo Bolsonaro às vésperas do 2o turno.

Pra mim essa conclusão da citação só justifica o posicionamento estratégico da oposição diferenciada que o Ciro busca fazer.

https://www.youtube.com/watch?v=p_ffiSc5yE0

Evandro P.

21/11/2018 - 20h37

Mais uma usina nuclear para ligar mais ar condicionado individual e ilumiar os bacanas de ipanema, copacabana e leblon.

E o povão sofre no calor do norte do frio do sul e na escuridão total. A falta de iluminação pública é fator de facilitação do aumento de criminalidade.

O homer simpson vai ser o operador desta usina ai.

Reginaldo Gomes

21/11/2018 - 19h50

Saudosa Kodac.
A kodac ficou resistindo , repelindo , desprezando, ridicularizando a tecnologia digital até quando se deu conta da burrice que estava fazendo. Não deu tempo. Foi engolida pela sua própria soberba. A moderna , eficiente e barata tecnologia das câmeras digitais mandou a kodac pro buraco . Faliu, morreu , escafedeu.
O mundo já decidiu que carro É elétrico, ônibus É elétrico , caminhão É elétrico, moto É elétrica, trem É elétrico e a energia é eólica e solar.
Presta atenção : Angra . Petrobras e Eletrobras. Acorda!!!!!
O paradigma energético “JÁ” é outro.
Pelo amor de Deus e Jesus Cristo ; acorda!!!!
Quem tem olhos de ver , que veja!!!

    Richard Jakubaszko

    21/11/2018 - 20h17

    E onde vc vai encontrar tanta energia elétrica assim para abastecer tantos carros elétricos, Reginaldo? Acorda!! Leia o meu comentário abaixo, sobre a dependência do hemisfério norte com a energia elétrica, que já usa a mesma para iluminação e aquecimento das residências. Como o carvão foi criminalizado, pela emissão de Co2, a solução só pode ser a energia nuclear… Eu não moro a menos de 500 km de distância de uma usina nuclear, nem que seja de graça.
    Com o uso da energia elétrica para veículos o consumo vai dobrar em relação aos dias de hoje, entendeu? Vai faltar…

Paulo

21/11/2018 - 17h43

Não foi um erro ter construído usinas nucleares numa região de alto valor turístico, ecológico e paisagístico, ao lado do mar e entre as duas maiores cidades do país?

    Miguel do Rosário

    21/11/2018 - 17h56

    Paulo, é uma coisa a se pensar. Mas já tem 2 usinas lá. Angra 3 está 60% finalizada. E precisamos de energia e projetos estruturantes para dar bem estar e empregos a essas duas grandes cidades.

      Paulo

      21/11/2018 - 18h23

      Ok, Miguel! Realmente, agora o mal está feito. Torçamos para que nenhum acidente ocorra e que jamais sejamos atacados por forças militares estrangeiras!

NeoTupi

21/11/2018 - 16h52

A conta a fazer, sem sentimentalismos, é:
Se conseguir construir outra fonte de geração de energia que disponibilize 1350MW (capacidade de Angra III) por menos de R$ 5 bilhões, é desperdício de dinheiro concluir a obra (R$ 5 bi = R$ 17 – R$ 12, custo para acabar menos custo para liquidar).
Claro que nesta conta é preciso incluir o custo operacional durante o ciclo de vida da usina e custos de linhas transmissão para integrar ao sistema nacional.
Ou seja: dada a demora na obra, ela pode ter ser tornado obsoleta, com o barateamento de novas tecnologias.

Richard Jakubaszko

21/11/2018 - 15h48

Miguel,
independentemente do jogo político nacional, Angra 3 é uma jogada comercial americana. Originalmente Geisel fez acordo com a Alemanha para estabelecer o programa nuclear brasileiro, que foi iniciado em seu período de governo. Depois da ditadura brasileira, mas não por causa dela, o mundo mudou, e iniciou-se a partir dos anos 1980 (com Tatcher e Regan) uma campanha internacional financiada pelas indústrias nucleares, e que foi a idolatria ambiental. No início dos anos 2000 o mundo mudava novamente, mas a indústria nuclear estava refreada por Chernobyl (1984).
O problema maior no hemisfério Norte é a produção de energia elétrica, que só tem duas maneiras de se produzir, ou térmica (fóssil) ou nuclear. Eles não têm rios com volume de água e queda para gerar energia elétrica. A discussão deles contaminou o Brasil, como sempre cachorro vira-latas dos interesses internacionais. Aqui, os ambientalistas (que eu chamo de biodesagradáveis) financiados pelas nucleares, conseguiram transformar a produção de energia elétrica em ato criminal sobre o meio ambiente. Ou seja, se estocamos água numa hidrelétrica, isso se tornou criminoso, e passamos, em detrimento de Belo Monte, a instalar térmicas para enfrentar os períodos de seca. Nas negociações com os ambientalistas estes “aceitaram” reduzir as áreas de estoque de água, e temos a esdrúxula Belo Monte com fio d’água para produzir energia elétrica com água estocada. Que só produz no período das águas…
A indústria nuclear sabe que as fontes alternativas (solar e eólica) não garantem fornecimento contínuo de energia, e toda usina de vento ou sol prevê a instalação de um plano B, com uma térmica ao lado para garantir energia quando não tem sol (à noite) ou quando o vento para. A solução, que era só para o hemisfério norte dos ricos virou solução para o hemisfério dos pobres aqui no sul.
Sou contra a nuclear, pelo remoto mas possível e arriscadíssimo vazamento radioativo, e poucos estão conscientes desse perigo. Chernobyl continua ambiente estéril, Fukushima a mesma coisa. De Chernobyl só agora nos anos 2000 tivemos notícia de outro fator residual negativo, até então desconhecido da ciência, e que a mídia não explora, a deterioração genética que permaneceu com as crianças que sobreviveram ao acidente em 1984. Os que não morreram pelo calor, ou de cânceres, especialmente leucemia, a partir deste século casaram e tiveram filhos, e estes nasceram com deformações genéticas inacreditáveis, conforme relatei isso em vários artigos em meu blog (https://richardjakubaszko.blogspot.com ) e em meu livro “Co2 aquecimento e mudanças climáticas: estão nos enganando?”, no qual, em 288 pgs, acompanhado de vários cientistas como coautores do livro, denuncio o financiamento da indústria nuclear para o estabelecimento dessa neurose ambientalista de repercussão planetária. Reduzir emissão antropogênica de Co2, criminalizar o Co2, quando ele é o gás da vida, é a lei mandatária, apoiada pela imprensa internacional de forma incondicional, e que acaba por apoiar e incentivar os interesses da indústria nuclear, eliminados os demais concorrentes, como hidrelétrica, e também os ineficientes, como solar e eólica. A neurose ambientalista raramente fala nas causas dos problemas planetários (poluição e excesso populacional), quando muito comenta a fome e a produção de alimentos, ou ameaça com a falta de água futura (outra enorme mentira), e esse enorme quebra-cabeças engessa os governos e planejadores de políticas públicas, do Brasil e de outros países.
Enfim, o problema é muito maior do que a discussão de se continuar Angra 3 com mais US$ 17 bilhões de investimentos ou parar tudo (e ficar sem nada) e ainda gastar mais US$ 12 bilhões de multas contratuais e despesas de desmonte do aparato nuclear.
A verdade é que a grande mídia é engajada a interesses econômicos e financeiros, e abraça causas políticas que nos parecem justas, pelos fundamentos de um julgamento moral imbecilizado, onde se discute a oportunidade de parar ou não parar a obra de Angra 3, e usa-se mais imbecilidade ainda ao agregar aos argumentos a corrupção. Ora, Belo Monte já foi paralisada 22 vezes desde o início de sua construção no início dos anos 1980. Ambientalistas convenciam um procurador idealista, este motivava um juiz, e a obra parava por questões ambientais, ou suspeita de corrupção. Toca as empresas construtoras e sócios a despedir gente, desativar equipamentos e máquinas. Depois de alguns meses ganhavam a causa, continuem a obra, torna a contratar gente, treinar, realocar, comprar mais equipamentos, e não há TCU que aguente insuspeita diante de tantos reajustes orçamentários inexplicáveis, motivados pelas longas paradas. Angra 3 não foi diferente, parou dúzias de vezes, pelos mesmos motivos, bem como Angra 1 e 2.
Enfim, esse é o Brasil. Somos ambientalistas de carteirinha. Mas o aquecimento é a maior mentira do século XXI. Estamos sendo enganados… Agora, imaginem se sai o acordo ambiental projetado na COP21, com a instalação de uma AIA – Agência Internacional Ambiental, porque alguém terá de administrar essa trolha toda, não é? E eles fazem as regras do jogo… Da mesma maneira que fizeram com a Agência Internacional Nuclear, dirigida pelos interesses das várias indústrias do mundo nuclear (e aposto que nenhum de vocês leitores conhece pessoalmente um único engenheiro ou físico especializado na área, são moscas brancas que ganham fortunas… Não foi a troco de nada que eles mandaram prender o Almirante Othon…).
Vão parar Angra 3? Nunca! Isso é coisa e discussão pra inglês ver, ou melhor, brasileiro, que ainda acredita que neocapitalista é bonzinho.

    Fábio Macedo

    21/11/2018 - 22h21

    Prezado Richard. Gostaria apenas de salientar que as energias eólica e solar, ou melhor dizendo, somente uma delas, sozinha, consegue suprir toda a necessidade do mundo! Somente 3 exemplos: hoje o Brasil tem uma capacidade instalada (somando todas as fontes), em torno de 170 GW. O último levantamento feito aqui no Brasil, mostrou um potencial eólico (“onshore”, ou seja, na terra) de 540 GW!!! Nem foram medidas as possibilidades “offshore”, que devem ser muito maiores ainda! Esta semana saiu na mídia que o Brasil já possui uma Itaipu (14 GW) de energia eólica instalada. Somente os 3 estados americanos com mais vento, conseguiriam suprir tudo o que os EUA precisam. A Inglaterra tem já mapeado 3 vezes mais energia eólica que o atual consumo. A intermitência da fonte eólica, quando se fala em 14 GW dentro de um sistema integrado, é praticamente desprezível, pois o sistema, inteligente, “poupa” todas as outras fontes e absorve tudo das eólicas, fazendo com que as hidrelétricas funcionem como uma bateria gigante. Nenhum país do mundo tem apenas uma fonte de energia, ainda mais países grandes como o nosso. Hoje saiu na imprensa internacional que já está comprovado que as fontes mais baratas de geração de energia elétrica são a eólica e solar. Se desejar maiores detalhes, estou à disposição no meu email. Grato pela atenção.

      Richard Jakubaszko

      22/11/2018 - 00h05

      O problema, Fábio, é a não confiabilidade das eólicas e solares. Tem de ter um plano B, instalando uma térmica, isso é inegável. As nucleares suprem essa falta de confiabilidade, esse é o problema.
      O que eu menos quero é nuclear.

      Benoit

      22/11/2018 - 15h09

      Fábio, voce tem razão. A Alemanha decidiu acabar com a energia nuclear porque ela é cara, ineficiente, perigosa. Ela é hoje uma tecnologia do passado. É verdade que o governo conservador não fez todos os esforços para promover as energias alternativas, especialmente construir as linhas de transmissão de eletricidade do norte para o sul, o que é difícil num país apertado como a Alemanha, mas considera-se que elas poderiam fornecer a energia elétrica necessária na Alemanha. Acho que a universidade de Kassel tinha um programa de integração sistêmica que mostrava que seria possível manter o fornecimento de energia elétrica recorrendo somente a energia renovável. O que o Richard diz acerca do papel de CO2 no aquecimento global é bobagem. O efeito estufa já é conhecido há praticamente 2 séculos, Joseph Fourier falou dele e mais tarde John Tyndall. Svante Arrhenius fez medições. Não existe a menor dúvida acerca do assunto.

Brasileiro da Silva

21/11/2018 - 12h50

Uma obra paralisada em 1986, retomada pelo governo PT em 2008, com promessa de conclusão em 2015 e a culpada pela paralisação é a lava jato?

degas

21/11/2018 - 12h44

Acredito que esse é o tipo de obra que o Bolsonaro mandará tocar.

Eu Mesmo

21/11/2018 - 11h34

As obras de Angra 3 foram paralisadas pela Lava Jato por terem sido encontrados desvios (corrupção, lavagem de dinheiro, etc), mas o site parece ser adepto do rouba mas faz, afinal esse país uma várzea mesmo, uma zona, e dependendo dos fins, os meios que se explodam. O dinheiro público também brota em árvores, verte do solo, e impressão de papel moeda não trás nenhuma consequência.

    ari

    21/11/2018 - 11h49

    Mas este é um dos absurdos do Brasil, você descobre indícios de corrupção e para uma obra. Materiais, equipamentos e outros bens eventualmente se perdem. Este não é o caminho e o Lula, alguns anos atrás, estrilou quanto a isto. Não se para a obra, investiga-se o que está ocorrendo e para a sangria. Se o problema é indício de corrupção, feche-se o congresso e o judiciário.. Este é mais um aspecto criminoso do nosso judiciário e, no caso, tem muito a ver com os tribunais de conta.
    Quanto à tese da oposição proposta pelo Ciro…bem, ainda existe alguém que leva os Gomes a sério além do Blog?

      Miguel do Rosário

      21/11/2018 - 12h49

      Ari, a tese de oposição é a proposta pelo PDT, PSB, PCdoB, Rede, Avante. É a única maneira de se fazer oposição inteligente. E sim, tem muita gente que leva a sério Ciro Gomes, e a frente de oposição mencionada na frase anterior é a prova disso.

    Miguel do Rosário

    21/11/2018 - 12h47

    Não, “eu mesmo”. Eu sou adepto de coibir a corrupção e finalizar a obra, senão seremos roubados duas vezes.

      O Pai

      21/11/2018 - 17h42

      Muito fácil falar, mas difícil pôr em prática.
      O que acontece é que cada obra é vinculada a um contrato, nos termos da Lei 8666/93. Esse contrato é celebrado entre o setor público e alguma empresa privada. Se no âmbito desse contrato é descoberto alguma anormalidade, é a execução desse contrato que é barrada. A empresa em questão não vai dar seguimento ao objeto do contrato sem receber por isso e outra empresa não dará seguimento a obra sem a devida segurança jurídica de um contrato formal.
      Nem no caso de uma rescisão unilateral pelo governo, prevista em lei, caso a empresa entre na justiça questionando algo, a obra poderá ser executada por outra empresa, pois o objeto daquele contrato levado à justiça fica “bloqueado”.
      Infelizmente é assim que as coisas tem q funcionar. Não na base do jeitinho. Pra ser diferente demandaria mudança na legislação, que até concordo alguma coisa poderia ser mudado.

        Oblivion

        21/11/2018 - 20h26

        Então “o pai”, se conformar que é assim que tem que ser é o que não dá. Qualquer graduando de administração/contabilidade poderia chegar aos prejuízos bilionários que essa legislação tupiniquim gera ao interromper obras de infraestrutura no país. Enquanto isso os empresários corruptos fazem uma delação seletiva e são soltos após pagar multas de valores risíveis, alguns são presos (inclusive alguns sem provas – como o lula e o almirante Othon, por exemplo) e outros pedem desculpas e viram ministros e outros viram ministros mesmo sem pedir desculpas. Para aqueles que tem interesse em ler algo diferente do que seria possível de assistir no jn, tem duas reportagens muito boas na carta capital sobre o almirante Othon e a eletronuclear que foram publicadas acho que ano passado.

          Eu Mesmo

          22/11/2018 - 09h26

          Então Oblivion, se conformar que é assim que tem que ser não dá mesmo, mas tbm não é de qquer jeito q se resolve as coisas. O que tem sido feito tem sido feito dentro do que diz a legislação, inclusive a condenação e prisão do Lula, justa e merecida. Se algo não está bom assim, e tem coisa q não está bom mesmo, que se mude a lei primeiro. É para isso que servem os legisladores.

          Oblivion

          22/11/2018 - 19h56

          Então “eu mesmo” a última coisa que eu gostaria era ficar na internet defendendo o lula, principalmente depois dessa última eleição, quando eles (cúpula do PT)demonstraram estar se lixando pro povo. Pra mim, são uns vaidosos arrogantes e invejosos. Mas eu jamais poderei aceitar que “convicções” de um juizinho qualquer sejam suficientes para prender alguém. O que foi feito da constituição?
          Além disso, vamos olhar os frangalhos de nossas instituições fajutas que punem apenas um dos lados, que aceitou um impeachment sem crime pra colocar ninguém menos que o temer na presidência. Depois disso o governo eleito de então já está cotando investigados por corrupção no novo governo e chegou a cogitar nomear o temer embaixador pra livrar ele de uma possível prisão. Mas para fugir de paixões políticas vamos analisar o caso do almirante Othon, que é um caso de excelência técnica. Achar que o processo que ele passou é normal é uma afronta à inteligência. É como que se outras potências estivessem pensando “cara…. O que estamos fazendo tá muito escancarado mas aqueles subdesenvolvidos de quinto mundo ainda vão achar legal e aplaudir…. Afinal já temos do nosso lado juizes, mídia e um bando de cachorros loucos de classe média”. Sugiro, caso tenhas interesse, em ler sobre isso. A carta capital, por exemplo, tem uma boa entrevista com ele.

          Eu Mesmo

          23/11/2018 - 13h39

          Oblivion, não deve ser estranho para vc que eu discorde de ti quanto as instituições que “punem apenas um dos lados”, que o impeachment foi “sem crime” ou que o tal “juizinho” condene sem provas.
          Quanto ao almirante Othon, nem que eu fosse maluco de basear minhas opiniões no que diz a Carta Capital, mas fui lá ler e o que vi é apenas as alegações de um lado dessa história. É claro que ele, seus advogados e até a Carta Capital vão jurar inocência até a morte. No Estadão há uma reportagem que diz que “o doleiro Cláudio Barboza, da Operação Câmbio, desligo, contou ao Ministério Público Federal que o ex-presidente da Eletronuclear Othon Luiz Pinheiro da Silva tinha uma ‘camada de proteção’ para receber propina. Cláudio Barboza, o ‘Tony’, descreveu a ‘engenharia’ usada pela Odebrecht para transferir valores ao almirante Othon”. A reportagem segue e apresenta mais um monte de coisas.
          Então mais uma vez: os fins NÃO justificam os meios. Errou, tem que pagar! Ou nunca poderemos nos considerar um país sério.

    Alan Cepile

    21/11/2018 - 12h56

    Já eu sou a favor de que se prendam os corruptos e liberem as empresas para continuarem trabalhando, assim como é em qualquer parte desse planeta, menos no Brasil da Farsa-Jato.

      Eu Mesmo

      21/11/2018 - 17h43

      Você está mal informado.

        Oblivion

        22/11/2018 - 20h36

        Ok “eu mesmo” entao nos informe. Posso te garantir que irei ler respeitosamente sua versão e, talvez, até me aprofunde em no conteúdo.

          Eu Mesmo

          22/11/2018 - 20h43

          Já está respondido mais acima. Vá ler.

          Alan Cepile

          23/11/2018 - 00h18

          Aguardando um exemplo ocorrido em qualquer país do mundo na história da humanidade….

          Eu Mesmo

          23/11/2018 - 09h35

          Exemplo de que?? Vc, Alan Cepile, disse q só no Brasil q é assim e q em todos os outros é diferente. Me parece q cabe a vc mostrar q em países civilizados uma empresa que é pega executando contratos de maneira irregular, com desvios ou superfaturadamente é autorizada a seguir com o q vinha fazendo só prendendo os seus diretores.
          Como respondi ao NeoTupi, vc contrata uma empresa para executar uma reforma na tua casa, aí essa empresa muda o projeto, não utiliza o material da qualidade conforme combinado, tira material que vc comprou para a tua obra e leva para outro lugar, etc. Aí vc descobre isso e manda embora o dono da empresa? Manda a empresa embora e fica com os operários dele?? Mas esses operários respondem a quem, a vc ou ao patrão deles??
          O que digo (ñ só eu) é que os procedimentos estão seguindo a lei. Se os procedimentos não estão bons é pq a lei ñ está boa. Pois então q se mude a lei!! Mas da maneira como se deve, através do legislativo.
          Mas eu compreendo que isso seja demais para a cabeça de vocês.

          Alan Cepile

          23/11/2018 - 10h49

          Quem contesta é que deve provar, ou vc é a favor do modelo Lava Jato onde é o acusado que deve provar sua inocência??? Lava Jato fazendo escola….

          Eu Mesmo

          23/11/2018 - 10h56

          O ônus da prova cabe a quem acusa, sempre, e é isso que tem acontecido na Lava-jato, goste vc ou não.
          Eu compreendo a raiva de vcs pelos idolozinhos ideológicos de vcs estarem tds caindo um a um, mas não há nada errado com os procedimentos da Lava-jato. Ela acusa, ela prova, e o juízo condena.

          Alan Cepile

          23/11/2018 - 17h15

          kkkk, seu comentário foi exatamente o que eu disse e o que vc fez!
          Ainda bem que neste fórum não é possivel apagar comentários rs.
          Continuo aguardando um exemplo de empresa, mas acho que vou morrer esperando kk

    NeoTupi

    21/11/2018 - 17h12

    Banco não fecha agência quando tem fraude. Supermercado tem furto frequentemente e não fecha loja. Construtora não pára obra se algum fornecedor rouba. Só burocrata com emprego vitalício para achar que atividade econômica pode ser paralisada sem causar prejuízos maiores.

      Eu Mesmo

      23/11/2018 - 09h17

      Tua ignorância não surpreende, Neotupi.
      Sim, “banco não fecha agência quando tem fraude. Supermercado tem furto frequentemente e não fecha loja”, mas se vc contrata uma empresa para realizar alguma obra na tua casa e, no meio dessa obra vc detecta q ela está fazendo algo fora do combinado, como usar materiais diferentes do devido ou executando o serviço diferentemente do combinado, vc faz o que? Demite o dono da empresa e manda os operários contratados por ele seguirem a obra?? Óbvio que não. Vc manda a empresa embora e até contratar outra, tua obra fica parada.
      Compreendeu ou precisa que desenhe??

        NeoTupi

        25/11/2018 - 15h17

        Acho que a ignorância a respeito de obra é sua. Pois depende de avaliar o que causa mais perdas.
        Pequena obra em sua casa não tem que desmobilizar canteiro de obras se trocar quem contratou. Se você mora nela não tem que pagar vigia para não roubarem o material de construção. Não tem de pagar logística de estocagem de material perecível que não pode ficar na chuva. Só tem o incômodo de conviver mais tempo com a obra.
        Mesmo assim eu não seria louco de mandar embora intempestivamente com o telhado de meu quarto descoberto, por exemplo, se eu não tivesse outro lugar onde dormir, e não tivesse substituto imediato.
        Já se eu estivesse reformando uma loja com prazo de inauguração compromissado, pode ser que fosse necessário inaugurar com imperfeições, fazer um laudo e entrar na justiça pedindo indenização e contratar outra empresa para fazer reparos menores depois.
        Além disso eu não deixaria chegar ao ponto que você cita. Ou é possível enquadrar razoavelmente o fornecedor quando começa a aparecer problemas, ou os problemas não são tão grandes que possam ser contornáveis, ou decide a troca de fornecedor antes dele fazer muito estrago.
        Mas sua ignorância é maior quando compara laranja com banana. Grandes com pequenas obras. Desmobilizar um grande canteiro de obras para depois mobilizar de novo muitas vezes é mais caro do que o valor que está em contestação nos contratos. Isso sem contar que atrasos na obra é atraso também na produção (de gasolina ou diesel) no caso de refinaria, por exemplo, com consequente perda de receita.


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