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BC divulga estatísticas do setor externo

No site do Banco Central Estatísticas do setor externo 1. Balanço de pagamentos Em maio de 2019, o superávit em transações correntes totalizou US$662 milhões, 26,4% abaixo do resultado de maio de 2018, superávit de US$900 milhões. Na comparação interanual, houve aumento nos saldos positivos da balança comercial, de US$5,6 bilhões para 5,7 bilhões, e […]

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No site do Banco Central

Estatísticas do setor externo
1. Balanço de pagamentos

Em maio de 2019, o superávit em transações correntes totalizou US$662 milhões, 26,4% abaixo do resultado de maio de 2018, superávit de US$900 milhões. Na comparação interanual, houve aumento nos saldos positivos da balança comercial, de US$5,6 bilhões para 5,7 bilhões, e de renda secundária, de US$239 milhões para US$449 milhões. Por outro lado, cresceram os déficits nas contas de serviços, de US$2,7 bilhões para US$3,0 bilhões, e de renda primária, de US$2,2 bilhões para US$2,5 bilhões. O déficit em transações correntes nos doze meses encerrados em maio de 2019 somou US$13,9 bilhões (0,75% do PIB), ligeiro aumento em relação ao mês anterior (US$ 13,7 bilhões, ou 0,73% do PIB).

Em maio, as exportações de bens totalizaram US$21,2 bilhões, incremento de 10,5% ante o mês correspondente de 2018. Na mesma base de comparação, as importações de bens cresceram 13,9%, e atingiram US$15,5 bilhões. No acumulado do ano, as exportações avançaram 0,5%, e as importações, 2,6%, resultando em diminuição de 6,3% no saldo comercial do período.

O déficit na conta de serviços atingiu US$3,0 bilhões em maio, mesmo valor do mês anterior, e 9,4% maior relativamente a maio de 2018. Houve aumento nas despesas líquidas de aluguel de equipamentos, de US$1,2 bilhão, em maio de 2018, para US$1,4 bilhão, em maio de 2019, e redução nas despesas líquidas de viagens, de US$1,2 bilhão para US$1,1 bilhão, na mesma base de comparação. Apesar do aumento no mês, o déficit em serviços alcançou US$12,7 bilhões no acumulado do ano, redução de 6,7% em relação ao mesmo período de 2018.

Em maio de 2019, o déficit em renda primária aumentou 14,7% na comparação com o mesmo mês do ano anterior, atingindo US$2,5 bilhões. A elevação do déficit mensal decorreu de maiores despesas líquidas de lucros e dividendos, US$1,7 bilhão, 56,1% acima das despesas líquidas de US$1,1 bilhão ocorridas em maio de 2018. Já as despesas líquidas de juros somaram US$775 milhões, redução de 29,6% na comparação interanual, com diminuição nas despesas brutas e aumento na remuneração das reservas internacionais. Apesar do aumento no mês, no acumulado do ano o déficit em renda primária reduziu 4,4% em relação ao mesmo período de 2018, alcançando US$16,8 bilhões.

Os ingressos líquidos em investimentos diretos no país (IDP) somaram US$7,1 bilhões no mês, igualmente distribuídos entre participação no capital e operações intercompanhia, ante total de US$3,0 bilhões observado em maio de 2018. No acumulado em 12 meses, os ingressos líquidos de IDP totalizaram US$96,6 bilhões, equivalentes a 5,19% do PIB. Nos cinco meses iniciais de 2019, os ingressos líquidos de IDP somaram US$35,1 bilhões, 30,7% superiores aos US$26,9 bilhões observados em período correspondente de 2018.

Em maio, houve saídas líquidas de US$285 milhões em instrumentos de portfólio negociados no mercado doméstico. No ano, até maio, as entradas líquidas de US$9,7 bilhões em instrumentos negociados no merco doméstico ocorreram por conta dos fluxos positivos em títulos de dívida, US$12,1 bilhões, enquanto ações e fundos de investimento registraram saídas líquidas de US$2,4 bilhões.

2. Reservas internacionais

O estoque de reservas internacionais atingiu US$386,2 bilhões em maio de 2019, correspondendo a 347,9% da dívida externa de curto prazo residual (exceto operações intercompanhia e títulos de dívida negociados no mercado doméstico). A expansão de US$2,4 bilhões no estoque de reservas de maio, relativamente a abril, decorreu principalmente de variações por preço, US$2,0 bilhões, e da receita de juros, US$645 milhões. Em maio, o saldo de linhas com recompra manteve-se em US$8,9 bilhões, mesmo valor de abril.

3. Posição de Investimento Internacional (PII)

A PII apresenta, a cada data-base, os estoques de ativos e passivos financeiros entre residentes e não residentes no país. A diferença entre esses estoques é denominada PII líquida, com valores negativos expressando o maior volume de investimentos de não residentes realizados no país, quando comparados aos efetuados no exterior por residentes.

Os ativos da PII somaram US$913,4 bilhões na posição de março de 2019, destacando-se as reservas internacionais, US$384,2 bilhões, e a posição de Investimento Direto no Exterior (IDE), US$399,4 bilhões. Os passivos da PII atingiram US$1,5 trilhão, dos quais a posição de IDP representou aproximadamente a metade, US$775,2 bilhões. A PII líquida de março de 2019, portanto, foi devedora em US$630,8 bilhões, equivalente a 33,9% do PIB. Comparada à posição de final de 2018, houve aumento de US$29,3 bilhões (4,9%) da posição devedora.

A PII líquida devedora de maio de 2019 foi estimada em US$628,7 bilhões (33,8% do PIB). Comparativamente à posição de março de 2019, a variação positiva dos ativos externos, de US$7,0 bilhões, mais que compensou a elevação dos passivos externos, de US$4,9 bilhões, reduzindo a posição devedora líquida em US$2,1 bilhões.

4. Dívida externa

A dívida externa é constituída pelos passivos de residentes no país contra não residentes, nos quais há obrigação de pagamento de principal e/ou de juros em algum momento do tempo, independentemente da moeda de denominação e do local de negociação dos instrumentos de dívida. A dívida externa está incluída nos passivos da PII.

Em março de 2019, a dívida externa brasileira totalizou US$679,6 bilhões, dos quais US$326,4 bilhões negociados no mercado internacional, exclusive operações entre empresas de mesmo grupo econômico; US$238,0 bilhões em operações intercompanhia; e US$115,2 bilhões em títulos de dívida negociados no mercado doméstico.

Relativamente à posição de final de 2018, a dívida externa brasileira aumentou US$15,1 bilhões (2,1%) em março de 2019, dadas as variações positivas de US$5,2 bilhões (1,8%) na dívida externa bruta e de US$8,7 bilhões (8,1%) nos títulos negociados no mercado doméstico. Já as operações intercompanhia apresentaram pequena redução de saldo, de US$590 milhões (0,2%).

O perfil da dívida externa por modalidades de taxa de juros é relevante para a sensibilidade de suas despesas em relação às taxas de mercado. Consideradas as operações de dívida externa no mercado internacional, o estoque atrelado a taxas fixas somou US$342,0 bilhões (60,6%), ao passo que o estoque vinculado a taxas flutuantes atingiu US$222,4 bilhões (39,4%). A proporção do estoque vinculado a taxas fixas cresceu 4,0 pontos percentuais de março de 2018 a março de 2019.

A dívida externa estimada para maio de 2019 somou US$680,1 bilhões, aumento de US$469 milhões (0,1%) frente à posição de março do mesmo ano.

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