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Governo eleva salário mínimo para R$ 1.045

Reajuste decorre da inflação mais alta em 2019 Publicado em 14/01/2020 – 18:54 Por Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil Brasília Agência Brasil — O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciaram na tarde de hoje (14), em Brasília, que o salário mínimo de 2020 será elevado de R$ […]

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Reajuste decorre da inflação mais alta em 2019
Publicado em 14/01/2020 – 18:54
Por Pedro Rafael Vilela – Repórter da Agência Brasil Brasília

Agência Brasil — O presidente Jair Bolsonaro e o ministro da Economia, Paulo Guedes, anunciaram na tarde de hoje (14), em Brasília, que o salário mínimo de 2020 será elevado de R$ 1.039 para R$ 1.045. Uma medida provisória (MP) será editada pelo presidente nos próximos dias para oficializar o aumento.

“Nós tivemos uma inflação atípica em dezembro, a gente não esperava que fosse tão alta assim, mas foi em virtude, basicamente, da carne, e tínhamos que fazer com que o valor do salário mínimo fosse mantido, então ele passa, via medida provisória, de R$ 1.039 para R$ 1.045, a partir de 1º de fevereiro”, afirmou Bolsonaro no Ministério da Economia, ao lado de Guedes. O presidente e o ministro se reuniram duas vezes ao longo do dia para debaterem o assunto.

No final do ano passado, o governo editou uma MP com um reajuste de 4,1% no mínimo, que passou de R$ 998 para R$ 1.039. O valor correspondia à estimativa do mercado financeiro para a inflação de 2019, segundo o Índice Nacional do Preços ao Consumidor (INPC), calculado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Porém, o valor do INPC acabou fechando o ano com uma alta superior, de 4,48%, anunciada na semana passada e, com isso, deixou o novo valor do mínimo abaixo da inflação. Por lei, esse é o índice usado para o reajuste do salário mínimo, embora a inflação oficial seja a medida pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que fechou o ano de 2019 em 4,31%.

“Nós vamos ter que achar os recursos para fazer isso, mas o mais importante é o espírito que o presidente defendeu, da carta constitucional, que é a preservação do poder de compra do salário mínimo”, afirmou Paulo Guedes. Segundo o ministro, com o novo aumento, o impacto nas contas públicas será de cerca de R$ 2,3 bilhões, que poderão ser compensados com R$ 8 bilhões de arrecadação extra prevista pelo governo.

“Nós já temos, eu prefiro não falar da natureza do ganho, que vai ser anunciado possivelmente em mais uma semana, nós já vamos arrecadar mais R$ 8 bilhões. Não é aumento de imposto, não é nada disso. São fontes que estamos procurando, nós vamos anunciar R$ 8 bilhões que vão aparecer, de forma que esse aumento de R$ 2,3 bilhões vai caber no orçamento”, informou o ministro. Ainda segundo ele, caso não seja possível cobrir o aumento de gasto no orçamento para custear o valor do mínimo, o governo não descarta algum contingenciamento.

Até o ano passado, a política de reajuste do salário mínimo, aprovada em lei, previa uma correção pela inflação mais a variação do Produto Interno Bruto (PIB, soma dos bens e serviços produzidos no país). Esse modelo vigorou entre 2011 e 2019. Porém, nem sempre houve aumento real nesse período porque o PIB do país, em 2015 e 2016, registrou retração, com queda de 7% nos acumulado desses dois anos.

O governo estima que, para cada aumento de R$ 1 no salário mínimo, as despesas elevam-se em R$ 355,5 milhões, principalmente por causa do pagamento de benefícios da Previdência Social, do abono salarial e do seguro-desemprego, todos atrelados ao mínimo.

Edição: Narjara Carvalho

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Evandro Garcia

15/01/2020 - 10h17

O salario minimo è um somente um indice de calculo para contas publica (que a esquerdalha usa para fazer politica populista idiota e enrolar os pobres como de costume).

As pessoas ganham pelo que valem, produzem, investem, sabem fazer, nivèl cultural, etc…

    Marcio

    15/01/2020 - 11h18

    O salário mínimo existe no mundo inteiro, no Brasil existe desde a década de 30 do século passado, para de falar merda.

    putin

    15/01/2020 - 11h49

    entao vc faliu porque nao vale nada.
    já recebeu a “renda de cidadania” lá em gringolandia?

      Evandro Garcia

      15/01/2020 - 12h02

      bebeu…?

Alan C

15/01/2020 - 09h32

É pra rir?

Wellington

15/01/2020 - 06h49

Ainda existe essa palhaçada de terceiro mundo do salário minimo…?

    Marcio

    15/01/2020 - 12h09

    Sim, salário mínimo existe no Brasil e nos outros países tb.

      Wellington

      15/01/2020 - 12h19

      Nào sei se vocè percebeu mas è uma fabrica de miseria no Brasil, è usado pela esquerda para enrolar pobres e para quem emprega pagar o menos possivèl.

      Para que servem os sindicatos no Brasil…? Ridiculo.

        putin

        16/01/2020 - 10h39

        sem o salario minimo o empregador pagaria menos ainda. ou até zero, como era para muitas empregadas antes da famosa lei.

Paulo

14/01/2020 - 22h19

” ‘Nós vamos ter que achar os recursos para fazer isso, mas o mais importante é o espírito que o presidente defendeu, da carta constitucional, que é a preservação do poder de compra do salário mínimo’, afirmou Paulo Guedes. Segundo o ministro, com o novo aumento, o impacto nas contas públicas será de cerca de R$ 2,3 bilhões, que poderão ser compensados com R$ 8 bilhões de arrecadação extra prevista pelo governo.

Nós já temos, eu prefiro não falar da natureza do ganho, que vai ser anunciado possivelmente em mais uma semana, nós já vamos arrecadar mais R$ 8 bilhões. Não é aumento de imposto, não é nada disso. São fontes que estamos procurando, nós vamos anunciar R$ 8 bilhões que vão aparecer, de forma que esse aumento de R$ 2,3 bilhões vai caber no orçamento’, informou o ministro. Ainda segundo ele, caso não seja possível cobrir o aumento de gasto no orçamento para custear o valor do mínimo, o governo não descarta algum contingenciamento”.

“A arrecadação extra”, de que fala Porco Guedes, provavelmente foi obtida à custa das férias e adiantamento de 13° salários, sonegados aos servidores públicos federais…


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