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MP-SP denuncia Alckmin por corrupção e lavagem de dinheiro

O Ministério Público de São Paulo denunciou na manhã desta quinta-feira (23) o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral. A Promotoria afirma que Alckmin recebeu R$ 2 milhões em espécie da Odebrecht na campanha ao governo de São Paulo em 2010 e R$ 9,3 milhões […]

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O ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin, do PSDB. Foto: Reprodução / Twitter.

O Ministério Público de São Paulo denunciou na manhã desta quinta-feira (23) o ex-governador Geraldo Alckmin (PSDB) pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e falsidade ideológica eleitoral.

A Promotoria afirma que Alckmin recebeu R$ 2 milhões em espécie da Odebrecht na campanha ao governo de São Paulo em 2010 e R$ 9,3 milhões na campanha pela reeleição, em 2014.

Afirma a Promotoria, em nota: “os recursos não foram registrados nas prestações de contas do candidato (falsidade ideológica), que solicitou e recebeu vantagem indevida (corrupção passiva), pagas pelo setor de operações estruturadas da Odebrecht, a partir do emprego de métodos ilícitos como uso de ‘doleiros’, com o fim de ocultar a origem dos valores e dificultar a possibilidade de seu rastreio (lavagem de dinheiro). Esses recursos destinavam-se, num primeiro momento, ao financiamento eleitoral indevido (não declarado) e, num momento seguinte, pós eleições, à manutenção da influência do grupo empresarial junto ao governo”.

Foram denunciados também Marcos Antônio Monteiro, tesoureiro da campanha de 2014, e o ex-assessor da Secretaria de Planejamento de Alckmin, Sebastião Eduardo Alves de Castro.

Os executivos e operadores do Grupo Odebrecht Benedicto Barbosa da Silva Júnior, Luiz Antônio Bueno Júnior, Arnaldo Cumplido de Souza e Silva, Maria Lúcia Guimarães Tavares, Fernando Migliaccio da Silva e Luiz Eduardo da Rocha Soares também são alvos da acusação, bem como o doleiro e delator Alvaro José Gallies Novis.

O cunhado do ex-governador, Adhemar César Ribeiro, tido pelos promotores como “intermediário”entre a empreiteira e Alckmin, não foi objeto da ação penal em razão da prescrição que o beneficia em razão da idade (superior a 70 anos).

Afirma o MP de São Paulo em nota: “A quebra de sigilo telefônico trouxe ao inquérito da Polícia Federal, base da denúncia do Ministério Público Eleitoral, a comprovação de que o celular da esposa do tesoureiro (ele usava o aparelho) e o telefone de Luiz Antonio Bueno Junior, do Grupo Odebrecht, estavam na área da mesma Estação Rádio Base nos dias em que houve negociações para as transferências irregulares. Eles se encontraram no Centro Empresarial Mário Garnero, localizado na Avenida Faria Lima, e na Rua da Mooca, 1.921 (bairro onde se situa a Imprensa Oficial do Estado, que o tesoureiro chefiava no governo Alckmin)”.

A denúncia apresentada tem como base 77 acordos de delação premiada firmados por executivos e funcionários da Odebrecht com a PGR e homologados pelo STF.

“Os relatos e provas de corroboração reunidos revelaram centenas de atos ilícitos praticados em favor de empresas do Grupo Odebrecht, incluindo o pagamento de forma dissimulada de vantagens a agentes públicos e financiamentos de campanhas eleitorais, em um sofisticado esquema de lavagem de capitais”, afirma o documento assinado pelos promotores.

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Comentários

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Paulo

23/07/2020 - 19h07

Até tu, Santo!? Ele diz que não colocou um centavo no bolso, e eu acredito. Mas, se locupletar no processo eleitoral e depois pagar o favor com dinheiro público pode? É o que eu digo: o sistema político, no Brasil, está estruturado para o crime…Mas tem gente que não liga – e alguns nem reconhecem o problema…


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